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Apesar de recorde na produção de grãos, valor da agricultura baiana tem queda de 6,0% entre 2022 e 2023

O Estado da Bahia voltou a liderar a produção nacional de cacau em 2023.

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Apesar de recorde na produção de grãos, valor da agricultura baiana tem queda de 6,0% entre 2022 e 2023

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (12), o valor da produção agrícola baiana entre os anos de 2022 e 2023 registrou queda. A superoferta de algumas das principais commodities agrícolas, como a soja e o milho, e o resfriamento de mercados consumidores globais, são as principais causas.

Os preços dos principais produtos agrícolas nacionais sofreram queda ao longo do ano, impactando diretamente na receita gerada. A queda absoluta do valor gerado pela agricultura na Bahia, frente a 2022, foi a 5ª maior do país. A Bahia manteve o 8º maior valor agrícola do país, porém a participação do estado no total nacional caiu de 5,5%, em 2022, para 5,3% em 2023. 

A pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM), do IBGE, investiga 64 produtos em todos os municípios do país. Desses, 45 são cultivados na Bahia, 28 dos quais (62,2%) viram seu valor crescer entre 2022 e 2023, apesar da queda geral do estado. 

Maiores aumentos em valor de produção:

Manga, mais de $ 615,5 milhões;
Algodão, mais R$ 480,9 milhões;
e cacau, mais R$ 326,6 milhões.

Por outro lado, dentre os 17 produtos com quedas no valor, os recuos mais expressivos vieram da soja (menos R$ 3,7 bilhões), do milho (menos R$ 557,4 milhões) e do café canephora (menos R$ 172,5 milhões).

O estado da Bahia teve crescimento na produção de grãos, entre 2022 e 2023, de 11,3 milhões de toneladas para o recorde de 12,7 milhões (+12,2%). Ainda assim, o valor da produção em 2023 caiu, ficando 12,1% menor do que o recorde para o período pós Plano Real registrado em 2022 (R$ 32,1 bilhões). Apesar do recuo, a Bahia manteve, em 2023, a 7ª maior fatia do valor gerado pelos grãos no Brasil: 5,4% do total, que foi de R$ 524,8 bilhões. Houve leve queda frente a 2022, quando o estado havia respondido por 5,6% do valor nacional dos grãos. 

A soja foi o produto agrícola com a maior queda absoluta do valor gerado da Bahia: de R$ 20,8 bilhões em 2022 para R$ 17,0 bilhões em 2023 (menos R$ 3,7 bilhões ou -18,0% em um ano). Ainda assim, o grão sustentou, com bastante vantagem, o maior valor de produção da agricultura do estado, representando 39,9% do total. Apesar da queda no valor, o volume de produção de soja no estado aumentou. Em 2023, foram colhidas 7,777 milhões de toneladas, 818 mil a mais do que em 2022 (+11,8%). Com isso, a Bahia se manteve como o 7º maior produtor de soja no Brasil, em quantidade (5,1% do total nacional) e valor (4,9% do total gerado pelo produto). 

Enquanto o algodão herbáceo foi o grão com o maior aumento absoluto no valor de produção no estado, entre 2022 e 2023, passando de R$ 6,8 bilhões para R$ 7,3 bilhões (mais R$ 480,9 milhões ou +7,0% em um ano). É o 2º produto agrícola com o maior valor na Bahia, representando 16,9% do total do estado. Além do aumento do valor de produção, também houve crescimento na quantidade de algodão produzido no estado, entre 2022 e 2023, que passou de 1,271 milhão para 1,453 milhão de toneladas no período (+181,3 mil toneladas ou +14,3%).

O terceiro produto que mais gera valor para a agricultura baiana, o milho em grão rendeu, em 2023, R$ 2,9 bilhões ou 6,8% de todo o valor agrícola do estado. Houve queda de 15,9% frente ao valor de 2022 (menos R$ 557,5 milhões). Apesar disso, cresceu o volume de milho colhido em 2023, que foi de 3,1 milhões de toneladas, 358,0 mil a mais do que em 2022 (+13,1%).

Em 2022, a Bahia segue sendo o 2º estado com mais municípios entre os 50 maiores valores da produção agrícola do país, empatado com Mato Grosso do Sul. Seis deles são baianos: 

São Desidério (2º);
Formosa do Rio Preto (7º);
Barreiras (25º); 
Correntina (28º); 
Luís Eduardo Magalhães (32º);
e Riachão das Neves (48º). 


Municípios baianos com destaque em fruticultura

Fruticultura baiana gerou R$ 5,7 bi em 2023, liderando na manga (Juazeiro), banana (Bom Jesus da Lapa) e maracujá (Livramento de Nossa Senhora):

O município de Juazeiro, teve aumento de 54,7% no valor gerado entre 2022 e 2023, chegando a R$ 1,3 bilhão;

O município de Casa Nova ultrapassou Bom Jesus da Lapa e se tornou a 2ª principal cidade baiana no valor gerado pela fruticultura. Com alta de 41,0% no indicador;

Bom Jesus da Lapa é o 3º município baiano com o maior valor da produção de frutas. Com retração de 32,3%, indo a R$ 264,6 milhões;

O município de Livramento de Nossa Senhora continuou como o maior produtor de maracujá do Brasil, com 44.395 toneladas, apesar de ter tido queda de 5,0% em relação à safra de 2022;

e o município baiano de maior destaque na produção de mamão é São Félix do Coribe, 5º maior produtor nacional, com 46.900 toneladas.

Em 2023, Bahia retoma a liderança nacional da produção de cacau. Em 2023, após 5 anos, a Bahia voltou a ter a maior produção de cacau em amêndoa do país. No ano passado, o estado produziu 139.011 toneladas, em um leve aumento de 0,6% frente ao ano anterior (+860 toneladas). E seguiu na liderança nacional com R$ 2,4 bilhões, 16,1% a mais que em 2022 (+R$ 326,6 milhões). 
 

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