Após anúncio do governo estadual, prefeitura de Feira de Santana nega que deve R$ 1,6 milhão
Município foi acusado de não ter repassado valores ao Consórcio Público Interfederativo de Saúde
Foto: Reprodução/Sesab
Após o governo estadual anunciar que a prefeitura de Feira de Santana deve mais de R$ 1,6 milhão com o Consórcio Público Interfederativo de Saúde, a Secretaria de Saúde da cidade divulgou uma nota, nesta quarta-feira (12), para informar que as informações fornecidas pelo Governo do Estado da Bahia “não refletem a realidade dos fatos”.
O Consórcio Público Interfederativo de Saúde é responsável pela administração da Policlínica Regional de Saúde em Feira de Santana, cidade que fica no centro-norte da Bahia. O governo estadual anunciou, mais cedo nesta quarta, que a falta de pagamento impactaria na adequada manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos, incluindo ressonância magnética e tomógrafo.
A prefeitura de Feira de Santana informou, no entanto, que faz repasses ao Consórcio Público Interfederativo de Saúde, assim como o Consórcio também realiza repasses para o município. “Até maio, o Consórcio tinha que repassar para o município cerca de R$ 1.800.000,00. Já o município precisa repassar para o Consórcio cerca de R$ 1.600.000,00”, diz a nota.
A Secretaria de Saúde de Feira ainda informou que mantém uma relação de cooperação e diálogo constante com o Consórcio Público Interfederativo de Saúde, trabalhando em conjunto para garantir a qualidade dos serviços prestados à população de Feira de Santana.
“No entanto, é lamentável destacar que a cidade tem enfrentado um grave problema relacionado à fila de regulação, o que tem resultado em perdas de vidas. A falta de assistência adequada por parte do governo do Estado tem gerado uma situação trágica para centenas de famílias feirenses. Somente no período de janeiro a junho deste ano, 124 pessoas perderam a vida aguardando transferência para um hospital de alta complexidade”, destaca o comunicado da prefeitura.
Versão do governo estadual
O governo estadual anunciou que as restrições orçamentárias estariam dificultando a substituição do tubo da tomografia computadorizada, cujo custo ultrapassa os R$ 500 mil. O equipamento teve uma parada em maio deste ano, e, mesmo com o pagamento previsto para este mês pelo Consórcio, a fabricante estima uma entrega em até 30 dias úteis.
Segundo o governo, desde outubro de 2022 a prefeitura de Feira de Santana não realiza nenhum pagamento ao Consórcio, mesmo sem haver restrições de acesso aos serviços de saúde para os cidadãos locais. A Policlínica Regional oferece atendimento à população, tendo realizado mais de 347 mil atendimentos, sendo 96 mil destinados aos residentes de Feira de Santana.