Após apreensão de joias, Senado investiga venda de refinaria na Bahia a fundo árabe
Ação corre em comissão chefiada por Omar Aziz
Foto: Agência Senado
A Comissão de Transparência e Fiscalização (CTFC) do Senado aprovou nesta terça-feira (14) três pedidos de informação à Petrobras e aos ministérios de Relações Exteriores e Minas e Energia sobre a venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, ao grupo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes, em 2021. A refinaria foi privatizada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo valor de R$ 1,65 bilhão.
Os requerimentos serão enviados à Mesa Diretora do Senado, que vai encaminhá-los aos ministérios e à estatal. Os pedidos de informação foram feitos pelo presidente da CTFC, Omar Aziz (PSD-AM). Ele afirmou que o colegiado quer apurar se há alguma relação entre a venda da Refinaria e as joias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita a Bolsonaro.
Na avaliação de Omar Aziz, apesar de Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos serem países distintos, pode haver indícios de "operação cruzada". "A gente quer saber é quem foi que deu essa joia pra ele, se foi realmente a Arábia Saudita. O embaixador da Arábia Saudita tem que falar se é ou não presente da Arábia Saudita e pra quem é. Caso não seja, que seja devolvido. O Brasil não tem que ficar com isso, não. Isso é fruto de fortes indícios de propina. O que temos que investigar é se a refinaria foi realmente vendida pelo preço correto", disse Aziz.