Após empecilho com Eduardo Bolsonaro, PL escolhe deputado Filipe Barros como presidente de comissão na Câmara
Maior bancada da Câmara, PL enfrentou dificuldade para definir comando das comissões de Relações Exteriores e Segurança

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Os recentes eventos, como o anúncio da licença de Eduardo Bolsonaro do cargo de deputado federal, o PL enfrentou impasses na escolha das presidências das comissões permanentes da Câmara.
Com 92 deputados, o PL é o partido com maior bancada da Casa e, por isso, definiu o comando de seis comissões da Câmara.
Por exemplo, para definir o comando da Comissão de Relações Exteriores, o PL teve dificuldades internas. A sigla demonstrou interesse pela presidência do colegiado após apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defenderem que a posição poderia gerar frutos ao partido.
Diante disso, a posição foi prometida pela sigla ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Porém, após Eduardo anunciar de surpresa que solicitará licença do mandato parlamentar para viver nos Estados Unidos, outros nomes receberam destaque.
Eduardo sugeriu o nome de Zucco, líder da oposição na Câmara, que chegou a confirmar que havia recebido o convite para a função.
Porém, mais tarde, Jair Bolsonaro desautorizou o próprio filho, sugerindo que Filipe Barros (PL-PR) fosse o escolhido. De acordo com aliados, Bolsonaro pontuou que seria melhor Zucco se dedicar à liderança dos oposicionistas na Câmara.
Assim, nesta quarta-feira (19), Barros, que foi líder da oposição na Câmara em 2024, foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores.
Comissão de Segurança Pública
A decisão do presidente da Comissão de Segurança Pública quase rachou o PL ao meio. Dois deputados, Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Coronel Meira (PL-PE), disputaram a indicação do partido para o comando do colegiado.
Bilynskyj, que havia fechado um acordo com o então líder do PL Altineu Côrtes (PL-RJ) e aberto mão da presidência em 2024, para que Alberto Fraga (PL-DF) assumisse o posto, esperava não encontrar empecilhos para assumir a presidência da comissão em 2025.
Porém, Meira apresentou uma candidatura avulsa e era esperado que ele recebesse mais votos. Por isso, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e o líder da oposição, Zucco, solicitaram que Meira retirasse a candidatura. Assim, Bilynskyj foi o único a concorrer e foi eleito, com 20 votos sim e 6 em branco.