Após enchentes, confiança do empresário gaúcho tem queda semelhante ao nível de pandemia, diz estudo
Dados da Fiergs mostram que "deterioração na situação atual dos negócios foi generalizada"
Foto: ricardo stuckert/ RS
A confiança do empresário gaúcho caiu para níveis semelhantes aos da pandemia e da crise econômica que atingiu o Brasil em 2015, depois que as enchentes assolaram o Rio Grande do Sul. É o que revela a pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
"A deterioração na situação atual dos negócios foi generalizada, mas foram nas perspectivas dos empresários para os próximos seis meses que a tragédia climática mostrou as maiores consequências”, afirmou a Fiergs.
A pesquisa é mesclada por dois índices: o de Condições Atuais, formado pela percepção dos empresários sobre a economia brasileira e sobre a própria empresa em relação aos últimos seis meses, e o Índice de Expectativas, para o semestre seguinte.
A instituição aponta que o Índice de Expectativas recuou 7,5 pontos, de 53,2, em abril, para 45,7, em maio, saindo da zona otimista para a pessimista.
O número é menor somente que o de maio de 2020, no início da pandemia da Covid-19, e os dos patamares mais baixos da crise econômica brasileira em 2015 e 2016.
Já o Índice de Condições Atuais recuou de 45,2 pontos, em abril, para 41,9, em maio. O Índice de Condições da Economia Brasileira, que recuou de 39,4 para 38,5 pontos no período, registrou o menor patamar entre todos os índices de confiança.
De uma maneira geral, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) neste mês de maio foi de 44,4, o menor nível desde junho de 2020, no auge da pandemia.
Desde 2005, em 191 edições do ICEI-RS, essa foi a sétima redução mensal mais intensa.