Após foto só com homens brancos viralizar, as empresas XP e Ável são processadas em R$ 10 milhões
Entidades do movimento negro cobram mais diversidade no quadro de funcionários das empresas
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Entidades do movimento negro, feminista e de defesa dos direitos humanos processaram a corretora XP e o escritório credenciado Ável Investimentos. A ação alega falta de diversidade no quadro de funcionários e pede indenização de R$ 10 milhões por dano social e moral coletivo e que as empresas cumpram uma série de medidas para aumentar a diversidade. As informações são do UOL.
A ação judicial foi protocolada nesta quarta-feira (18) após viralizar, na semana passada, uma foto mostrando os funcionários da Ável. No registro, com mais de 100 pessoas, quase todas as pessoas eram homens, brancos e jovens.
Veja as demais medidas pedidas na ação pelas entidades:
A composição do quadro de contratados permanentes ou temporários tenha a mesma proporção de negros, mulheres e indígenas presente na sociedade brasileira;
Sejam disponibilizados cursos gratuitos e estágios remunerados para promover a formação e a experiência profissional desses colaboradores;
Haja cotas para pessoas idosas e pessoas com deficiência;
Seja estabelecido um prazo de 90 dias para apresentação de um plano de diversificação do quadro de colaboradores;
Seja definido um prazo de 90 dias para apresentação de plano de aceleração de carreira, para favorecer a diversidade em todos os níveis da gestão empresarial;
As empresas incorporem ao conselho de administração quatro novos membros, integrantes das comunidades sub-representadas;
Seja contratada uma auditoria externa para acompanhar a execução das medidas.
Em nota enviada ao Uol, a XP reconheceu que "a inclusão de pessoas negras na companhia e rede de parceiros é uma questão fundamental" e disse que tem metas internas para "aumentar a contratação, em todos os cargos, de pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+ e PCDs". A Ável afirmou que não vai comentar o assunto.
O Farol da Bahia entrou em contato com a filial da empresa em Salvador questionando quantas pessoas negras e mulheres fazem parte do quadro de contratados. Até o momento, a assessoria não enviou nenhum posicionamento sobre o assunto.