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Após liminar de Nunes Marques, 'fichas sujas' vão ao TSE

Pedidos aguardam uma decisão do presidente do TSE

Por Da Redação
Ás

Após liminar de Nunes Marques, 'fichas sujas' vão ao TSE

Foto: FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, esvaziou a Lei da Ficha Limpa e provocou também uma corrida de candidatos a prefeito e vereador no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro concedeu uma liminar reduzindo o período de inelegibilidade de políticos condenados criminalmente e, com isso, alguns candidatos já acionaram o TSE para conseguir assumir o cargo em janeiro de 2021. 

Contudo, os pedidos esperam o aval do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, responsável pelo exame de processos considerados urgentes durante o recesso do tribunal. O entendimento de Nunes Marques vale apenas para políticos que ainda estão com processo de registro de candidatura, neste ano, pendente de julgamento no TSE e no próprio Supremo. Até o momento, quatro candidatos a prefeito de Pinhalzinho (SP), Pesqueira (PE), Angélica (MS) e Bom Jesus de Goiás (GO) e um a vereador, de Belo Horizonte (MG), recorreram ao TSE para garantir a diplomação.

No último sábado(19), Nunes Marques atendeu a um pedido do PDT e considerou inconstitucional um trecho da Lei da Ficha Limpa, que fazia com que pessoas condenadas por certos crimes, contra o meio ambiente e a administração pública, além da lavagem de dinheiro, por exemplo, ficassem inelegíveis por mais oito anos. Logo depois, a Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com recurso contra a decisão.

Em entrevista à TV Justiça na última quarta-feira (23), o presidente do STF, Luiz Fux, disse que cabe a Nunes Marques analisar o recurso da PGR contra a decisão. "O presidente do Supremo pode muito, mas não pode tudo", disse Fux, ao fazer o aceno ao colega. 
 

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