Após pedir recuperação judicial, 123Milhas vendeu passagens promocionais por 10 dias
Firma deve apresentar o planejamento de reestruturação em até dois meses
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Um documento do processo da 123Milhas apontou que a empresa já preparava seu pedido de recuperação judicial 10 dias antes de anunciar aos clientes sobre a suspensão de emissão de passagens. Na quinta-feira (31), a Justiça aceitou o pedido da companhia, que deve apresentar o planejamento de reestruturação em até dois meses.
No início de agosto, a 123Milhas gerou uma "Certidão cível de falência e concordata negativa" no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Esse documento faz parte do pedido de recuperação judicial.
Mesmo com a solicitação feita, a empresa continuou vendendo passagens por 10 dias, mesmo sabendo que não honraria os compromissos. Foi somente em 18 de agosto que a afirma anunciou o cancelamento da emissão das passagens.
A empresa, inicialmente, informou que devolveria o dinheiro por meio de vouchers. Depois, ao pedir a recuperação judicial na terça-feira (29), voltou atrás e afirmou que não poderia fazer os reembolsos.
A recuperação judicial dá à empresa uma espécie de proteção enquanto elabora um plano aos credores com detalhes de como pagará as dívidas e reestruturará os negócios.