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Após polêmica, médica diz que improvisar respirador em hospitais da rede pública 'é mais comum do que se imagina'

Em uma semana, Ellenn Salviano precisou improvisar três respiradores com materiais aleatórios

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Após polêmica, médica diz que improvisar respirador em hospitais da rede pública 'é mais comum do que se imagina'

Foto: Reprodução/Internet

Após o caso do bebê de três anos que recebeu um respirador improvisado em um hospital no interior do Rio Grande Norte (RN) viralizar a causar polêmicas nas redes sociais, a médica responsável pelo atendimento da criança afirmou que esses improvisos "são mais comum do que se imagina" na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS).

A profissional, identificada como Ellenn Salviano, trabalha em três hospitais públicos e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no RN. Ela conta que, em uma semana, fez três respiradores improvisados.

"Não é um fato isolado meu, do hospital, eu acho que é de todos os serviços que fazem parte do SUS. Eu já perdi a conta de quantos hoods improvisados eu já fiz nesses 9 anos de medicina. Infelizmente é mais comum do que se imagina", disse.

Segundo ela, o equipamento - que é uma espécie de capacete de acrílico - custa, em média, R$ 500. No entanto, nem todas as unidades de saúde possuem quantidade suficiente do aparelho.

Após as críticas e polêmicas, a médica ainda ressaltou a parceria e o empenho da equipe para que os pacientes tenham o atendimento necessário. "Eu tenho uma equipe, a gente não precisa escolher paciente, não precisa escolher problema. O problema vem e junto com a equipe eu sei que a gente vai dar um jeito, o paciente vai ter o atendimento que precisa".

Caso

Um bebê de três meses deu entrada no Hospital Municipal de Santa Cruz, no último sábado (8), com quadro grave de desconforto respiratório, além de congestão nasal, febre, rinorreia, vômitos e diarreia.

Quando assumiu o plantão dois dias depois, a médica Elenn Salviano improvisou um respirador com uma embalagem de bolo para o bebê conseguir aguardar a transferência para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O caso causou polêmica e revoltou internautas em diversas redes sociais.

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