Após rebelião com mais de 100 mortes, Equador decreta estado de exceção em prisões
Crise gerada por superpopulação e violência entre gangues do narcotráfico gerou motim que teve início na terça-feira (28)
Foto: Reprodução / Ivan Alvarado / Agência Brasil
Após um motim que deixou mais de 100 presos mortos e 52 feridos, o Equador declarou nesta quarta-feira (29), estado de exceção para o sistema penitenciário, que está em crise devido à superpopulação e à violência entre gangues do narcotráfico.
Na terça-feira, a rebelião em uma das prisões do porto de Guayaquil, no sudoeste, se tornou a mais sangrenta do ano no país, onde já foi registrada a morte de cerca de 120 presos.
No mês de fevereiro, ocorreram distúrbios simultâneos em quatro prisões de três cidades equatorianas, nos quais morreram 79 presidiários, vários deles decapitados.
"Acabo de decretar Estado de Exceção em todo o sistema carcerário em nível nacional", disse o presidente Guillermo Lasso no Twitter, acrescentando que chefiará um comitê de segurança em Guayaquil para controlar a "emergência, garantindo os direitos humanos de todos os envolvidos".
O estado de exceção permite ao Poder Executivo suspender direitos e usar a força pública para restabelecer a normalidade.
De acordo com o órgão governamental encarregado das prisões (SNAI), no balanço oficial mais recente, indicou "mais de 100 #PPL (pessoas privadas de liberdade) falecidas e 52 feridas".
Pelo Twitter, a entidade acrescentou que a polícia e o Ministério Público "continuam levantando informações" na prisão, que permanece isolada por militares, apoiados por um tanque.