Política

Após ser criticado por advogado do 2º réu do 8/1, Moraes rebate: 'medíocre'

Supremo condenou segundo réu em 14 anos de prisão

Por Da Redação
Ás

Após ser criticado por advogado do 2º réu do 8/1, Moraes rebate: 'medíocre'

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi criticado pelo advogado do segundo réu acusado de invadir a sede dos Três Poderes, em Brasília, durante os atos de 8 de janeiro. O criminalista Hery Kattwinkel afirmou que o magistrado deixou de ser um "julgador" para se tornar "acusador". Moraes rebateu e disse que a atuação do profissional foi "patética". 

Kattwinkel, que faz a defesa de Thiago de Assis Mathar, de 43 anos, pontuou que o cliente não conseguiu visitar os filhos nos últimos oito meses. O advogado detalhou ainda que as crianças pensam que o pai morreu. 

Sobre Moraes, o advogado ainda afirmou: "É um misto de raiva com rancor contra patriotas. Patriotas que na concepção maior são aqueles que amam seu país". 

Moraes disse, logo após a fala do advogado, que considerou "triste", "patético" e "medíocre" os argumentos da defesa. O ministro disse que Kattwinkel usou o tempo que deveria ser para a defesa de seu cliente para atacar o tribunal.

"É patético, medíocre, que um advogado suba à tribunal do Supremo Tribunal Federal com um discurso de ódio, com um discurso para postar nas redes sociais, que veio aqui agredir o Supremo Tribunal Federal. Eu digo com tristeza, presidente, que o constituído réu, o réu aguarda que seu advogado venha aqui defender tecnicamente. Venha analisar tipo a tipo. O advogado ignorou a defesa. O advogado não analisou nada, absolutamente nada", disse Moraes. 

Barroso também é criticado 

Kattwinkel também fez críticas ao ministro Roberto Barroso, citando uma fala dele sobe a eleição em Roraima. "Ato antidemocrático é quando um ministro da Suprema Corte deste país fala que eleição não se ganha, se toma. Isso é preocupante. Isso nos causa medo e insegurança."

Barroso a afirmação do advogado é uma "mentira". "Eu jamais disse que eleição não se ganha, se toma. Essa é mais uma fraude que se pratica online", disse o magistrado. 

O segundo réu

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou na tarde desta quinta-feira (14) Thiago de Assis Mathar a 14 anos de prisão. Ele é o segundo réu julgado pelos atos de 8 de janeiro.

Os ministros seguiram voto proferido pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, e entenderam que o réu cometeu cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. 

Também ficou definido que o condenado deverá pagar solidariamente com outros investigados o valor de R$ 30 milhões de ressarcimento pela participação na depredação. 

O réu estava no Palácio do Planalto, onde foi preso pela Polícia Militar. Ele continua preso no presídio da Papuda, no Distrito Federal. 

O entendimento pela condenação pelos cinco crimes foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Rosa Weber. 

Nunes Marques só reconheceu a condenação pelos dois crimes patrimoniais e absolveu o acusado por golpe de Estado e violação do Estado democrático. André Mendonça e Luís Roberto Barroso condenaram por quatro crimes. 

A defesa de Thiago Mathar declarou que ele não participou da depredação do Palácio do Planalto. Segundo o advogado Hery Waldir, Thiago estava se "manifestando pacificamente". Pela versão do defensor, ele não participou da depredação do Palácio e entrou no prédio para “se abrigar”.

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