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Após três meses em queda, produção industrial brasileira apresenta estabilidade em janeiro

Dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (11)

Por Da Redação, Agência Brasil
Ás

Após três meses em queda, produção industrial brasileira apresenta estabilidade em janeiro

Foto: Agência Brasil/EBC

Pela primeira vez em três meses, a produção industrial brasileira registrou variação nula entre dezembro e janeiro deste ano, sem crescimento nem queda. A informação faz parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (11).

Em comparação a janeiro de 2024, o setor registrou um crescimento de 1,4% e marcou a oitava expansão seguida nesse comparativo. Já no acumulado de 12 meses, houve alta de 2,9%.

A variação de janeiro coloca a indústria brasileira 1,3% acima do patamar registrado na pré-pandemia de covid-19, em fevereiro de 2020. Ainda assim, a produção industrial brasileira está 15,6% abaixo do ponto mais alto alcançado, registrado em maio de 2011.

O índice de difusão revela que 68,9% dos 789 produtos pesquisados apresentaram alta na produção durante o período analisado.

Três meses em queda

De acordo com os dados do IBGE, a variação nula de janeiro interrompeu uma sequência de três meses em queda na produção industrial brasileira. Entre outubro e dezembro de 2024, foi registrado um decréscimo de 1,2%.

- Outubro: -0,2%
- Novembro: -0,7%
- Dezembro: -0,3%
- Janeiro: 0%

Se janeiro apresentasse uma queda na produção da indústria nacional, seria a primeira sequência de quatro meses em recuo desde 2015, quando foi registrado um acúmulo negativo de 5,6% entre setembro e dezembro.

Espalhamento

Apesar do não crescimento, o gerente da pesquisa, André Macedo, pontua como positiva a interrupção do movimento de queda e o maior espalhamento dos resultados positivos.

Neste caso, Macedo se refere ao fato de que três das quatro grandes categorias econômicas apresentaram avanço na produção. Sendo elas:

- Bens de capital (máquinas e equipamentos): 1,5%
- Bens de consumo duráveis: 4,4%
- Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: 3,1%

Apenas a categoria de bens intermediários (utilizados para fabricar outros bens ou serviços) apresentou queda, com -1,4%.

Além disso, a pesquisa identificou que 18 dos 25 ramos analisados ficaram no terreno de expansão. Entre eles:

- Máquinas e equipamentos (6,9%)
- Veículos automotores, reboques e carrocerias (3%)
- Produtos de borracha e de material plástico (3,7%)
- Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%)
- Farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%)
- Produtos diversos (10%)
- Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,3%)
- Móveis (6,8%)
- Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5%)
- Alimentícios (0,4%)

Indústrias extrativas

Seis segmentos industriais apresentaram queda na produção, estando em destaque a atividade de indústrias extrativas (-2,4%), que exerceu o principal impacto em janeiro e interrompeu dois meses seguidos de crescimento na produção.

André Macedo aponta que a atividade de indústrias extrativas foi influenciada pelo comportamento de seus dois principais itens: petróleo e minérios de ferro.

“Outro ponto importante, que deve ser considerado para explicarmos a queda deste mês, é o fato desse ramo industrial ter mostrado crescimento nos dois últimos meses de 2024. Na atividade de petróleo e gás, observa-se algumas paralisações em plataformas por conta de paradas programadas ou não”, afirma.

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