Após um mês, vítima baleada na cabeça pela PRF no RJ deixa CTI; jovem consegue falar e caminhar
Juliana Leite Rangel, de 26 anos, segue internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes
Foto: Reprodução
A jovem Juliana Rangel, de 26 anos, atingida por um tiro de fuzil na cabeça durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera do Natal no Rio de Janeiro, deixou o Centro de Terapia Intensiva (CTI) no sábado (25) e já consegue falar.
A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, neste domingo (26). Segundo a pasta, Juliana voltou a caminhar, mas com ajuda.
A jovem segue internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. De acordo com o último boletim médico divulgado pela unidade, Juliana apresenta um bom estado clínico e consegue respirar sem ajuda de aparelhos.
Do ponto de vista neurológico, ela segue em processo de reabilitação. Ainda assim, ela não tem previsão de alta hospitalar.
O caso
A família de Juliana estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
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Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, pai de Juliana que dirigia o carro, contou que o veículo foi atingido quando ele obedeceu a ordem de encostar. Segundo a família, cerca de 30 tiros foram disparados. Alexandre foi atingido na mão.
“Eu estava vindo no Washington Luiz, liguei a seta para encostar e já foram metendo bala no meu carro. Acertou um tiro de fuzil na cabeça da minha filha. A bala que atingiu ela pegou no meu dedo. Meu carro todo cheio de bala, sem eu fazer nada. A gente foi passar o Natal na casa da minha outra filha. Estávamos com a ceia toda no carro”, contou Alexandre em entrevista à CBN.
A patrulha da PRF era formada por dois homens e uma mulher. Todos foram afastados preventivamente das funções. Eles usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos.