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Araras-azuis-de-lear e micos-leões-dourados traficados são repatriados

Animais foram resgatados de um veleiro, na cidade de Lomé, capital do Togo

Por Da Redação
Ás

Araras-azuis-de-lear e micos-leões-dourados traficados são repatriados

Foto: Arquivo/Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

A Polícia Federal e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) concluíram no último sábado (27) a repatriação de 12  araras-azuis-de-lear e 17 micos-leões-dourados apreendidos em um veleiro, na cidade de Lomé, capital do Togo. Chamada Akpé, a operação no país africano contou com o apoio de autoridades locais e do Ministério das Relações Exteriores. 

Segundo a Polícia Federal, um uruguaio, um surinamês, um brasileiro e um togolês estavam a bordo da embarcação brasileira que transportava os animais. Eles foram abordados pelas autoridades locais no dia 12 de fevereiro, na costa africana, e presos em flagrante pela posse de espécies protegidas por estarem em perigo de extinção.

A Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), que Brasil e Togo são signatários, proíbe a comercialização das duas espécies. 

Os animais foram transportados para a Embaixada do Brasil em Lomé, onde receberam cuidados de veterinários do Ibama enviados à África com o objetivo de assegurar a sobrevivência dos exemplares. De acordo com os profissionais que trabalharam na reabilitação, os micos-leões estavam desnutridos, com sinais de intoxicação por óleo de motor e as araras aparentavam estresse.

Após o trabalho de recuperação, novos esforços com a participação dos ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) trouxeram os animais ao Brasil no dia 24 de fevereiro.

As araras foram encaminhadas nesta terça-feira (27) para a Estação Quarentenária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Cananéia (SP), onde o Ibama avaliará a necessidade de marcação das aves com anilhas. Os micos cumprirão quarentena em um centro de recuperação de animais e deverão ser identificados por microchips.

O nome da operação, Akpé, foi escolhido como agradecimento às autoridades do Togo que cooperaram com a repatriação. Significa obrigado na língua local.

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