Aras diz que debandada da Lava Jato em São Paulo é "questão interna"
Sete procuradores solicitaram desligamento até o fim do mês

Foto: Reprodução/Agência Brasil
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou ao blog de Andreia Sadi nesta quinta-feira (3) que a PGR (Procuradoria Geral da República) não tem relação com a debandada da força tarefa da Lava Jato em São Paulo. “É uma questão interna do MP [Ministério Público] de SP”.
Perguntado se a decisão dos procuradores não tinha relação com a saída de Deltan Dellagnol da coordenação da força-tarefa em Curitiba, Aras negou: “Briga interna no MP de São Paulo.” Ao pedir demissão, o grupo de sete procuradores explicou existir "incompatibilidades insolúveis" com a procuradora natural dos casos da Lava Jato,
Viviane Martinez, que era a chefe dos demais procuradores, mas não atuava diretamente nos processos da força-tarefa. Para os procuradores, Viviane estaria dificultando o andamento das investigações e enviando para outras divisões os casos da força-tarefa.
Aras disse que não haverá interferências no trabalho da procuradora Viviane Martinez, que ficou responsável pelo caso. “Ninguém vai se meter. Se ela vai chamar novos colegas para a equipe, é com ela. O que posso lhe dizer é que o apoio ao combate à corrupção continua.”