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Arcebispo da arquidiocese de Salvador pode ser sucessor do Papa Francisco; entenda

Especialistas do Vaticano apontaram nomes que podem suceder o Francisco no ritual do conclave

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Arcebispo da arquidiocese de Salvador pode ser sucessor do Papa Francisco; entenda

Foto: Reprodução/ Diocese de Colatina

O arcebispo de Salvador, capital baiana, Cardeal Sérgio da Rocha, é cogitado um possível sucessor do Papa Francisco. Após a morte de Francisco, nesta segunda-feira (21), a Igreja Católica inicia o processo de escolha de um novo líder, em um ritual conhecido como conclave. As informações foram divulgadas pelo jornal "O Globo".

O Colégio Cardinalício, composto por cardeais de todo o mundo, é o responsável por eleger quem será o sucessor de Francisco. O novo representante religioso assumirá o papel de orientar a Igreja em uma época de grandes desafios globais.

Confira quem são os possíveis sucessores de Francisco, conforme divulgado por especialistas do Vaticano:

Cardeal Sérgio da Rocha (Brasil)

Cardeal Sergio da Rocha | Foto: Reprodução

Mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. Ele foi professor de Teologia Moral na Pontifícia Universidade Católica de Campinas entre os anos de 1989 e 2001, e colaborou, em Porto Velho, em Rondônia, no Projeto Missionário Sul I / Norte I e na Escola de Teologia Pastoral de São Luiz de Montes Belos.

Embora tenha nascido e se formado em São Paulo, assumiu a arquidiocese de Salvador, na Bahia, antes disso, foi arcebispo em Teresina e em Brasília. Em 2021, Dom Sergio da Rocha foi nomeado membro da Congregação para os Bispos pelo Papa Francisco. A Congregação para os Bispos é um dos principais organismos da Cúria Romana, que cuida da criação das dioceses, da nomeação de bispos, das visitas “ad Limina” e dos encontros de bispos novos. Em 2023, foi nomeado como integrante do Conselho de Cardeais.


Cardeal Leonardo Ulrich Steiner (Brasil)

Anunciado pelo Papa como cardeal da Igreja Católica em maio de 2022, Steiner tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Nascido em Forquilinha, em Santa Catarina, atuou como religioso na Ordem dos Frades Menores em 1976, ainda aos 25 anos, e foi ordenado sacerdote dois anos depois.

Foi nomeado bispo em 2005 pelo Papa João Paulo II, e tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020, após assumir o cargo ocupado por Dom Sergio Castriani desde 2012.

Ainda no ano de 2020, ele disse ter considerado sua nomeação para cardeal como “uma expressão de carinho, acolhida, proximidade e cuidado do Papa Francisco para com toda a Amazônia”. Ele também declarou que a colaboração que pode oferecer ao Pontífice é fazer com que a Amazônia seja lembrada.

Dom Leonardo Steiner | Foto: Divulgação/Arquidiocese de Manaus


Cardeal Pietro Parolin (Itália)

É o atual secretário de Estado do Vaticano, ocupando o segundo posto mais importante na hierarquia da Santa Sé desde 2013. Foi o primeiro cardeal nomeado pelo Papa Francisco, em 2013. 

Ingressou no serviço diplomático da Santa Sé em 1986, aos 31 anos, e serviu em países como Nigéria, Venezuela e México, além de atuar em negociações sensíveis envolvendo China, Vietnã e Oriente Médio.

É formado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana e é reconhecido como um articulador discreto e eficaz, qualidades que o tornaram uma figura influente no Vaticano. Parolin fala italiano nativo, inglês, francês e espanhol. Se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2024, durante sua visita ao Brasil.

Cardeal Pietro Parolin | Foto: Claude Truong-Ngoc / Wikimedia Commons


Cardeal Matteo Zuppi (Itália)

É arcebispo de Bolonha, em Roma, desde 2015 e foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2019. É presidente da Conferência Episcopal Italiana e membro da Comunidade de Sant'Egidio, um movimento católico dedicado à paz e ao diálogo inter-religioso. Também é o enviado especial do Papa para o conflito na Ucrânia, tendo visitado Kiev, Moscou, Washington e Pequim nessa função.

Possui foco em questões sociais, como a inclusão dos marginalizados e o cuidado com os pobres. Defensor de uma Igreja acolhedora e ativa, ele também está à frente de esforços de reconciliação, como o diálogo com a comunidade LGBTQIA+.

Cardeal Matteo Zuppi | Foto: Francesco Pierantoni / Wikimedia Commons


Cardeal Pierbattista Pizzaballa (Itália)

É o Patriarca Latino de Jerusalém e foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2023. É frequentemente elogiado pelo trabalho em prol do diálogo inter-religioso entre cristãos, judeus e muçulmanos. Embora mantenha laços estreitos com líderes judeus, também tem sido um defensor vocal dos palestinos durante o conflito em Gaza, tendo visitado o enclave no final do ano passado.

Cardeal Pierbattista Pizzaballa | Foto: Giovanni Zennaro / Wikimedia Commons


Cardeal Jean-Marc Aveline (França)

Aveline é o arcebispo de Marselha, França, e citado por alguns especialistas, inclusive franceses, como o "favorito" de Francisco a sucedê-lo, sendo considerado o mais "bergogliano" dos bispos do país. Foi nomeado pelo Pontífice em 2022, e é conhecido por sua dedicação dedica a questões de imigração e diálogo inter-religioso.

Cardeal Jean-Marc Aveline | Foto: Claude Truong-Ngoc / Wikimedia Commons


Cardeal Péter Erdo (Hungria)

Foi durante muito tempo o cardeal mais jovem da Europa. Recebeu o título de cardeal em 2003, pouco após completar 50 anos, e, desde 2006, preside a Conferência Episcopal Europeia.

Muito ativo na chamada nova evangelização, que luta contra a secularização em defesa do diálogo inter-religioso. É o líder das relações católicas com as igrejas ortodoxas, e mantém contato com líderes da comunidade judaica.

O cardeal húngaro Peter Erdo | Foto: Reprodução


Cardeal José Tolentino de Mendonça (Portugal)

É cardeal e atual prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, cargo que ocupa desde 2022. Foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco, em 2019. É da ala "progressista" da Igreja, com grande afinidade com o Pontífice. Antes de assumir seu papel no Vaticano, Tolentino foi arquivista e bibliotecário da Santa Sé, além de reitor da Pontifícia Universidade Católica Portuguesa. Ele fala português e italiano fluentemente e inglês razoável, além das línguas clássicas hebraico e grego antigos.

Cardeal José Tolentino de Mendonça | Foto: Wikimedia Commons


Cardeal Mario Grech  (Malta)

Atual secretário-geral do Sínodo dos Bispos, cargo que ocupa desde 2020. Ordenado sacerdote em 1984 e nomeado bispo de Gozo em 2005, também por Francisco, Grech é conhecido por sua abordagem pastoral e pelo foco em questões relacionadas ao diálogo inter-religioso e justiça social. Tem sido uma figura importante no desenvolvimento do Sínodo, órgão consultivo do Papa para discutir questões cruciais para a Igreja.

Cardeal Mario Grech | Foto: Diocese de Gozo / Wikimedia Commons


Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas)

Atual cardeal-arcebispo de Manila. Foi nomeado cardeal pelo Papa Bento XVI em 2012. Tagle é conhecido por seu compromisso com a justiça social, o combate à pobreza e a defesa dos direitos humanos, além de ser defensor do diálogo inter-religioso.

Tem se destacado por sua habilidade em articular questões teológicas e sociais de forma acessível. O filipino é frequentemente apontado como um dos principais possíveis sucessores de Francisco, tendo sido um de seus "favoritos", apesar de não ter sido nomeado pelo Pontífice.

Cardeal Luis Tagle | Foto: Perrant / Wikimedia Commons


Cardeal Robert Francis Prevost (EUA)

Bispo emérito de Chiclayo, no Peru. Em 2023, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Bispos, substituindo o cardeal Marc Ouellet. Sua função principal é auxiliar nas nomeações e transferências de bispos. Ainda em 2023 foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco. É frei, religioso da Ordem de Santo Agostinho.

Dom Robert Prevost | Foto: Reprodução


Cardeal Wilton Gregory (EUA)

É o atual arcebispo de Washington D.C. Em 2020, ele se tornou o primeiro cardeal afro-americano da Igreja, tendo sido nomeado por Francisco. Conhecido por seu compromisso com questões de justiça social, igualdade racial e por seus esforços para combater o abuso sexual clerical. O cardeal ainda tem defendido fortemente ações contra as mudanças climáticas.

Cardeal Wilton Daniel Gregory | Foto: Romanuspontifex / Wikimedia Commons


Cardeal Blase Cupich (EUA)

Arcebispo de Chicago desde 2014 e cardeal desde 2016, também nomeado pelo Papa Francisco. Conhecido por sua abordagem pastoral inclusiva e seu foco em questões sociais, Cupich é visto como um líder progressista e um defensor de uma Igreja mais acolhedora e voltada para as necessidades dos marginalizados.

Cardeal Blase Cupich | Foto: Wikimedia Commons


Cardeal Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)

Arcebispo de Kinshasa desde 2018. Em 2019, o Papa Francisco o elevou ao cardinalato. Além de suas responsabilidades arquidiocesanas, o cardeal tem se destacado como defensor da paz e da justiça social na RDC.

Cardeal Fridolin Ambongo Besungu | Foto: François-Régis Salefran / Wikimedia Commons

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