Armas de gel são proibidas no Rio de Janeiro; governo sanciona lei para impedir venda e fabricação dos 'gel blasters'
Medida foi divulgada após série de episódios com ferimentos causados pelos disparos das armas

Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública de São Paulo
As armas de gel, conhecidas como 'gel blasters', estão proibidas em todo o estado do Rio de Janeiro. O governador fluminense Cláudio Castro (PL) sancionou uma lei para vedar a venda, fabricação, comercialização e transporte das armas. A norma foi publicada em edição extra do Diário Oficial na última sexta-feira (3).
A medida foi divulgada após uma série de episódios com ferimentos causados pelos disparos das armas.
A nova legislação modifica a Lei nº 2.403/95, que já impedia brinquedos e réplicas de armas de fogo que pudessem ser confundidas com modelos reais. Com isso, a proibição se estende às 'gel blasters'.
A autora do projeto, deputada Tia Ju (Republicanos), alertou para o risco de confusão com armas reais, visto que os usuários têm pintado os equipamentos para simular com os armamentos de verdade.
Além de Tia Ju, a lei conta com a coautoria dos deputados Carlos Minc (PSB), Carlinhos BNH (PP), Claudio Caiado (PSD), Dionisio Lins (PP), Elika Takimoto (PT), Marcelo Dino (União), Renato Machado (PT) e Samuel Malafaia (PL).
O que são 'gel blasters'?
São armas que disparam bolinhas de gel por meio de sistemas automáticos ou semiautomáticos. Eles reproduzem, de forma total ou parcial, a aparência de armamentos verdadeiros.
Os projéteis são pequenas esferas de gel que se expandem ao serem colocadas na água, funcionando por meio de bateria e sistema de propulsão a mola. Os disparos causam dores leves ou pequenos hematomas.
As 'gel blasters' são importadas da China e vendidas como brinquedos em sites e lojas, com preços entre R$ 200 a R$ 700. A popularização das armas foi impulsionada por vídeos virais nas redes sociais, com jovens simulando batalhas em locais públicos.