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Política

Arquivos do celular de Mauro Cid detalham plano do golpe após derrota de Bolsonaro, diz site

Objetivo era declarar como inconstitucional as eleições de 2022

Por Da Redação
Ás

Arquivos do celular de Mauro Cid detalham plano do golpe após derrota de Bolsonaro, diz site

Foto: Agência Brasil

Arquivos do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente presidente Jair Bolsonaro, mostram detalhes de um plano para um possível golpe de Estado. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (15) pela revista Veja. 

Segundo o site, conversas entre Mauro Cid e oficiais de alto escalão do governo apontam para um objetivo declarar como inconstitucional o resultado das eleições de 2022. 

Logo depois que Bolsonaro perdeu as eleições, o então  presidente decidiu permanecer recluso no Palácio da Alvorada. Ele não deu entrevistas e também se afastou das redes sociais. Na época, amigos próximos indicavam que o político estava deprimido e que não queria aceitar o resultado eleitoral.

Apesar disso, os arquivos encontrados no celular de Mauro Cid revelam outro cenário. As conversas trocadas entre o então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e oficiais de alto escalão mostram que havia um plano para anular as eleições, afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e estabelecer uma intervenção militar no país.

Os documentos do celular de Cid detalham o roteiro do golpe. O relatório da Polícia Federal que a Veja teve acesso mostra que o plano se sustentava no pensamento de que os militares poderiam ser convocados para arbitrar um conflito entre os poderes.

O plano iria alegar que a derrota de Bolsonaro nas eleições aconteceu por decisões inconstitucionais dos ministros do STF, que também fazem parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os documentos mostram ainda que o presidente encaminharia um relato da inconstitucionalidade das eleições ao comando das Forças Armadas, que avaliaria os argumentos e, caso concordassem com os argumentos e provas, seria nomeado um interventor com poderes absolutos.

O interventor nomeado pelas Forças Armadas poderia suspender decisões que considerasse como inconstitucionais e também poderia afastar de forma preventiva os ministros do STF, convocando substitutos. Também seriam instaurados inquéritos para investigar as condutas dos magistrados. Por fim, seria marcada uma nova eleição presidencial.

No celular de Mauro Cid, conversas também revelam, segundo a Veja, um grande apoio ao golpe por parte do coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército. Em mensagens trocadas, ele teria insistindo para que Mauro Cid convencesse Bolsonaro a "dar a ordem" para que fosse feita a ação. 

Além de Mauro Cid, o relatório da Polícia Federal identificou mensagens de Gabriela Cid, esposa do ex-ajudante de ordens, em que ela convocava apoiadores de Bolsonaro para "invadir" Brasília e atacava o ministro do STF Alexandre de Moraes. Também foram encontradas mensagens golpistas em um grupo de WhatsApp chamado "Dosssss!", composto por "militares da ativa".

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