Arrecadação federal cai 0,12% em 2023, mas registra segunda melhor marca desde de 1995

A arrecadação federal fechou 2023 com uma pequena queda de 0,12% em comparação a 2022, com receitas que totalizaram R$2,31 trilhões. Mesmo com a queda, em termos reais,  o número foi o segundo melhor desde 1995, segundo a Receita Federal, perdendo apenas para os R$2,36 trilhões de 2022.

A queda no recolhimento no ano frustrou a equipe econômica que contava com aumento da arrecadação para diminuir o déficit primário das contas públicas.

"O resultado da arrecadação foi influenciado por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente de IRPJ e CSLL, tanto em 2022 quanto em 2023", diz a Receita.

De acordo com a Receita, o crescimento na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), por causa da taxa Selic elevada ao longo de todo o ano de 2023. 

O fisco também destacou o crescimento real de 3,36% do IRRF-Trabalho e de 5,00% da Contribuição Previdenciária em razão principalmente do desempenho da massa salarial em 2023.

Em relação aos setores da economia, houve diminuição na arrecadação com a extração de minerais metálicos, uma redução de 58% ou R$21,85 bilhões. Com combustíveis, a diminuição de receitas chegou a R$16,85 bilhões, ou 16,47%.

Em dezembro de 2023, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$231,225 bilhões, uma alta real de 5,15% na comparação com o resultado de dezembro de 2022, quando o recolhimento de tributos somou R$210,191 bilhões, em termos nominais.