Arthur Lira defende participação do G20 contra o terrorismo e reforma de instituições de governança global
Para o presidente da Câmara, os metódos internacionais apresentam respostas ineficientes
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), discutiu nesta quinta-feira (7) a participação de membros do governo do G20 — grupo das maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia — nas ações do combate ao terrorismo mundial e no desenvolvimento da paz.
Arthur Lira ainda defendeu uma reformulação de instituições e mecanismos de governança global. Segundo o presidente da câmara, os atuais órgãos internacionais não configuram mais o cenário global e apresentam respostas ineficientes.
"Ao reiterar nossa mais veemente condenação a todas as formas de terrorismo, renovamos o apelo a que todos os parlamentos se engajem na promoção da paz, com especial atenção à proteção da vida de civis inocentes”, declarou Lira em discurso.
Nesse sentido, o presidente da Câmara esboçou algumas soluções cabíveis. “Parte importante desse processo exige uma renovação da governança global. Suas instituições e mecanismos refletem um mundo que não existe mais. Suas respostas já não reúnem a legitimidade necessária a soluções que sejam simultaneamente eficazes e justas”, disse o deputado.
Lira fez as afirmações na abertura da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), que reúne 35 delegações estrangeiras. O evento faz parte da programação do G20 no Brasil.
A promessa da ‘pauta verde’
O presidente da Câmara, ainda, defendeu o fortalecimento do diálogo e a cooperação entre os países para resolução da crise climática, a fim de que evitem apelar para “fórmulas unilaterais, punitivas ou desequilibradas”.
Lira também destacou que o trabalho da Câmara na aprovação de projetos que integram o que chama de “pauta verde”, direcionada para os projetos que examinam medidas e incentivos para a transição de energia e para a regulamentação do mercado de carbono no Brasil.
Segundo Lira, as propostas aprovadas consolidam as legislações ambientais brasileiras e consolida as “credenciais” do país para “liderar o debate internacional sobre o desenvolvimento sustentável”.
Desafios do G20
Na abertura dos trabalhos da cúpula, Rodrigo Pacheco afirmou que os Parlamentos do G20 têm a oportunidade de debater sobre formas “comuns” de enfrentamento a problemas de nível global e mecanismos para inserir na Agenda 2030 da ONU, que traz 17 objetivos do desenvolvimento sustentável aos países-membros da entidade.
Pacheco ainda declarou que os parlamentares do grupo das maiores economias globais não devem se esquecer da “importância e da atenção às tecnologias digitais, sobretudo da inteligência artificial e da internet das coisas, para o enfrentamento dos nossos desafios”.
Durante seu discurso, o senador informou que o Congresso brasileiro tem debatido um “arcabouço legislativo sólido que regule as tecnologias digitais e a mídia, trazendo segurança jurídica para o setor”.