Assembleia da ONU destaca recomendações para frear pandemia de Aids até 2030
Investimento insuficiente e desigualdade travam enfrentamento adequado, diz secretário-geral
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
A Assembleia Geral das Nações Unidas fez, nesta quinta-feira (9), a primeira revisão da estratégia implantada no ano passado que visa acabar com a Aids até 2030. Dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Unaids, mostram que as infecções e mortes em decorrência do HIV não estão diminuindo no ritmo adequado para conseguir este feito.
Em análise divulgada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, foi destacado que as desigualdades e o investimento insuficiente "deixam o mundo perigosamente despreparado para enfrentar as pandemias de hoje e de amanhã". Dentre as recomendações presentes no relatório, estão a prevenção da transmissão, o acesso equitativo a medicamentos, vacinas e tecnologias de saúde e o alcance de financiamento sustentável para a resposta à Aids, além da prevenção, preparação e resposta pandêmicas mais amplas.
Guterres pediu respostas políticas para reduzir o risco de HIV em comunidades marginalizadas, como profissionais do sexo, pessoas que usam drogas injetáveis, prisioneiros, pessoas trans e homossexuais.
O presidente da Assembleia Geral, Abdulla Shahid, discursou a favor da ideia de que "ninguém está seguro até que todos estejam seguros" e de que o acesso à saúde é um direito de todos. Segundo ele, a meta estabelecida na estratégia implantada em 2021 é uma oportunidade para aumentar os investimentos em saúde pública e respostas a pandemias, bem como para aproveitar as lições aprendidas da crise do HIV/Aids para a recuperação da covid-19.