Assessor de Pazuello diz na CPI que Teich o convidou para o ministério
O empresário explicou que conheceu Pazuello por sua atuação na Operação Acolhida, em Roraima
Foto: Agência Senado
O empresário Airton Antônio Soligo afirmou na CPI da Covid-19 nesta quinta-feira (5) que o Ministro Nelson Teich o chamou para ser seu assessor em 12 de maio de 2020, mas caiu três dias depois de chamá-lo. Pazuello manteve o convite, mas problemas burocráticos da pasta atrasou sua nomeação, que só ocorreu no fim de junho.
O empresário e político explicou em sua fala inicial na CPI que conheceu o general do Exército Eduardo Pazuello por sua atuação na Operação Acolhida, em Roraima.
Ele contou que Pazuello o chamou para ajudá-lo por seus conhecimentos de gestão. E disse ter ficado chocado com a falta de conhecimento do ministro da época, Nelson Teich. Airton teria contado a Pazuello a impressão que teve da primeira reunião que participou no governo, ainda sem cargo definido.
"General, eu vi uma coisa muito séria. Falta um conhecimento aqui do que é o SUS (Sistema Único de Saúde), do que é o Conass [Conselho Nacional dos Secretários de Saúde] e o Conasems [Conselha Nacional de Secretarias Municipais], porque as decisões são tripartites, tomadas pelas três esferas [federal, estadual e municipal]. Há pactos, não é o ministro sozinho que decide nada", teria dito a Pazuello.
O empresário disse ter aceitado a missão de ajudar o governo por ter ficado chocado com o relato de seu filho, que vivia no Amazonas, contando que a pandemia de covid-19 estava matando mais gente do que se imaginava.