CPI: documento da Covaxin enviado à Anvisa desmente versão de ex-diretor
Dias alegou que o recibo com a menção à antecipação de pagamento e com outros erros sobre o número de doses foi corrigido antes de ser enviado à agência
Foto: Agência Senado
O Ministério da Saúde adicionou em março deste ano à Anvisa documento que continha um pedido de pagamento antecipado para a importação da vacina indiana Covaxin. O ofício contradiz a versão de Roberto Ferreira Dias, então diretor de logística da pasta.
À comissão parlamentar, Dias alegou que o recibo com a menção à antecipação de pagamento e com outros erros sobre o número de doses foi corrigido antes de ser enviado à agência.
Dias foi excluído do cargo de diretor de logística do Ministério da Saúde em junho deste ano após virem à tona denúncias em relação à compra da Covaxin e também após um vendedor de vacinas, Luiz Paulo Dominghetti, ter atribuído a ele um suposto pedido de propina para fechar uma compra.
Dias era indicado de parlamentares do Centrão como o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.
Segundo documentos impressos pela CPI, Dias é o responsável por assinatura de material enviado à Anvisa no dia 22 de março. O ministério solicitou a autorização de importação emergencial de 20 milhões de doses adquiridas pelo governo no final de fevereiro. Conforme apontado pela própria Anvisa, o recibo citava apenas 3 milhões de doses, menos do que 4 milhões previstos para a primeira parcela das importações.