Associação de produtores e cineastas baianos lançam manifesto em defesa da Ancine
O manifesto também destaca como o cinema nacional é relevante para a economia

Foto: Reprodução
Foi lançado nesta quarta-feira (7), por produtores, cineastas, roteiristas, atores e pessoas ligadas à cultura da Bahia, que fazem parte da Associação de Produtores e Cineastas da Bahia (APCBahia), um manifesto em defesa do cinema nacional e da Agência Nacional de Cinema (Ancine).
A iniciativa da APCBahia conta com assinatura de nomes relevantes do cinema baiano e nacional como Wagner Moura, Henrique Dantas, Helena Ignez, Orlando Senna e outros.
O texto do manifesto acusa o novo governo de querer "destruir a autonomia da sociedade civil, e em seu lugar erigir a BARBÁRIE!". Afirmou também que "como um trem desgovernado, o governo federal investe contra o cinema nacional".
O manifesto também destaca como o cinema nacional é relevante para a economia nacional. "justamente porque o mercado audiovisual é um setor fora da curva da crise econômica que o pais enfrenta. Com um crescimento de 8% ao ano e representando aproximadamente 0,5% do PIB nacional, o audiovisual brasileiro tem números superiores ao das indústrias de celulose, têxtil, farmacêutica, entre outras. Atualmente, o setor movimenta R$ 25 bilhões por ano e mais de 12 mil empresas empregam cerca de 340 mil profissionais direta e indiretamente."
Cinco ações do governo federal são listadas como "desastrosas" para o setor do cinema e audiovisual. A extinção do Ministério da Cultura, rebaixado ao nível de secretaria ligada ao Ministério da Cidadania; as mudanças na Leia Rouanet; a transferência do Conselho Superior do Cinema do Ministério da Cidadania para a Casa Civil; a transferência do núcleo da Ancine do Rio para Brasília; e, por fim, a ameaça de retirar da Ancine a gestão do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).