Economia

Atacarejo cresce entre os brasileiros e já domina 40% da venda de alimentos

Busca por melhores preços para driblar inflação impulsionou alta no formato

Por Da Redação
Ás

Atacarejo cresce entre os brasileiros e já domina 40% da venda de alimentos

Foto: Agência Brasil

Um estudo da McKinsey, obtido com exclusividade pelo jornal Estadão, mostra que o atacarejo ganhou espaço entre os brasileiros. No ano passado, a busca incessante pelos preços mais baixos garantiu uma alta de 10% ao formato, contra uma queda de 2,4% do varejo alimentar como um todo. Com isso, em um ano, a fatia do atacarejo no varejo de alimentos saltou de 35% para 40%. Hoje, são mais de 2 mil lojas desse perfil pelo país.

De acordo com o levantamento, a perspectiva é que esse modelo ganhe ainda mais participação, chegando a 50% das vendas nos próximos anos. "Em meio à pressão inflacionária, o único formato que conseguiu ser resiliente foi o atacarejo", comenta Roberto Tamaso, sócio da McKinsey. Segundo ele, o estudo deixa claro que, no futuro próximo, não há perspectiva de que a sensibilidade do consumidor ao quesito preço venha a diminuir.

"Os consumidores estão dispostos a comprar produtos mais econômicos. O varejo terá de ter oferta de produto, e isso também abre a possibilidade para a marca própria", disse o executivo. A pesquisa mostrou que 70% dos consumidores estão buscando melhores preços e que 40% se dizem abertos a comprar opções mais econômicas. As mais de 2.000 lojas de atacarejo no Brasil faturaram R$ 230 bilhões no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviços (Abaas) e da Nielsen IQ. A expansão do número de lojas foi forte: 26% apenas em 2021, especialmente nas regiões Norte e Sul, além dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.


 

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