Ataques virtuais a pequenas e médias empresas crescem em até 140% no Brasil, aponta pesquisa
O país foi o segundo mais afetado na América Latina por ataques deste tipo, atrás apenas do México
Foto: Pete Linforth por Pixabay
Um alto crescimento em ataques a pequenas e médias empresas no Brasil no último ano, foi identificado pela empresa de segurança Kapersky. De acordo com os pesquisadores, os bloqueios ao Trojan-PSW (Password Stealing Ware), um programa que visa roubo de senhas para garantir acesso a redes corporativas, tiveram um crescimento médio de 143% em 2021. O país foi o segundo mais afetado na América Latina por ataques deste tipo, atrás apenas do México.
A Kaspersky também informou que ataques a pequenas e médias empresas via internet tornaram-se prevalentes. No golpe, os criminosos infectam sites com muitos acessos a partir de um programa que contamina os dispositivos dos leitores. Este explora vulnerabilidade em aplicativos populares como o Java e os pertencentes ao pacote Office, da Microsoft.
Caso obtenham sucesso, os criminosos assumem o controle do computador, as informações nele contidas e a rede da organização. No Brasil, de acordo com a Kaspersky, foram registrados mais de 2,6 milhões de bloqueios ao golpe — 72% a mais do que o Peru, o segundo país com maior número de ataques deste tipo na América Latina.
O gerente-executivo da Kaspersky no Brasil, Roberto Rebouças afirmou que "Qualquer empresa, mesmo uma micro ou pequena, transfere mais dinheiro do que uma pessoa comum e isso faz delas alvos mais lucrativos”.
“O crescimento dos ataques reforça a realidade que os criminosos estão se voltando a essas organizações que normalmente não contam com um time de segurança", acrescentou.
Recomendações
A empresa aconselhou, como proteção a estes ataques, que pequenas e médias empresas mantenham as atualizações em dia, todos os tipos de programas, como Adobe e Office, e sistemas operacionais (Windows, iOS e Android), tenham backup e treinem os funcionários.
Segundo a empresa, na cadeia de cibersegurança, o funcionário é o elo mais fraco e os cibercriminosos exploram essas falhas, como uma senha fraca, por exemplo.