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Até dez pessoas podem ter impactos psicológicos a cada morte por coronavírus, dizem especialistas

Recuperação emocional pode ser afetada diante das características da situação

Por Da Redação
Ás

Até dez pessoas podem ter impactos psicológicos a cada morte por coronavírus, dizem especialistas

Foto: Reprodução/G1

Os números de mortos por coronavírus, mostram que a pandemia não para de crescer no Brasil. Especialistas estimam que, a cada morte, cerca de seis a dez pessoas sofrendo a dor do luto. Isso faz com que a epidemia tenha impactos mais abrangentes além dos números oficiais. De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, o Brasil registrava mais de 6 mil mortos e 87,1 mil casos confirmados até esta sexta-feira (1º). 

As mortes trazem características específicas que podem complicar a recuperação emocional após a perda. A morte pode trazer culpa e medo para quem está doente. Além disso, há o isolamento no hospital e a morte solitária, o que impede o acompanhamento da doença e a despedida dos familiares. Depois, vêm os enterros sem rituais, abraços e apoio do círculo mais próximo.

Anna Carolina Lo Bianco, vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia, afirma que a falta de ritos funerários neste momento de pandemia terá consequências para o processo de luto. Ela também aponta que o isolamento social afeta o apoio mútuo dado após a morte, uma importante ferramenta social para vivência da despedida. A morte tira o sentimento de segurança de um mundo que já não existe mais e pode comprometer a retomada das atividades após a quarentena, afirma Arantes.

"O momento do velório, do enterro ou da cremação é aquele em que aos poucos vamos nos acostumando à ideia de que não estaremos mais com quem faleceu. Mas o que fará mais falta, talvez, seja o período que se segue, o de chorarmos juntos, de nos consolarmos uns aos outros e repetirmos o quanto estamos tristes, desesperançosos, e sofridos. A impossibilidade de estarmos fisicamente uns com os outros, nos abraçarmos e dar apoio aos mais próximos, que muitas vezes estarão sofrendo o mesmo que nós, é o que mais assusta e nos deixa desamparados neste momento", opina. 

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