Atendimento médico em casa cresce até 40%
Idosos e crianças estão entre os mais atendidos

Foto: Reprodução/ Getty Images
Pacientes têm optado pelo atendimento em casa no lugar de irem até consultórios ou ficarem em hospitais. Segundo especialistas e empresas da área, o chamado home care teve alta de até 40% em 2020, em relação à pré-pandemia. Idosos e crianças estão entre os mais atendidos nesse tipo de serviço.
“As pessoas ainda estão com medo de ir ao hospital ou consultório médico. Sempre fiz atendimento domiciliar para pacientes acamados. No entanto, com a pandemia, as mesmas pessoas que têm as condições de vir ao consultório também apresentam a ter recebido e a fazer consultas em casa”, diz Celene Pinheiro, do presidente da Associação Brasileira de Alzheimer - Regional de São Paulo, em entrevista ao Estadão.
Além dos idosos, pais também têm buscado pediatras em casa para os filhos. “Com a covid, essa modalidade que, já existe há muito tempo e que diminuiu ao longo dos anos com facilidade de pacientes irem a consultórios, voltou a ganhar espaço. Também outros recursos, como a telemedicina”, diz José Gabel, presidente do Departamento Científico de Cuidados Domiciliares da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
De acordo com ele, clínicas que oferecem esse tipo de atendimento registrou alta de até 35% no período. Gabel também pontua que o serviço segue todos os protocolos sanitários. “Máscara N95, avental descartável em cima do avental de pano, luvas e equipamentos médicos como estetoscópio sempre higienizados e protegidos corretamente.”
Uma das especialidades mais requisitadas para o home care entre os pacientes com sequelas de Covid-19 foram os fisioterapeutas, segundo o especialista em cuidados paliativos e médico assistente operacional da Casa Domiciliar Cuidado, Luan Ryo Monowa. “A demanda por fisioterapeuta na residência tem crescido muito para quem teve sequela respiratória ou comprometimento da parte motora, em razão de ter ficado muito tempo acamado, por exemplo", disse.
“Além disso, também tratamos crianças que tiveram paralisia cerebral e determinações de internações prolongadas, idosos com Alzheimer e acamados. No caso de internação domiciliar, montamos uma semi-intensiva na casa do paciente, com todos os equipamentos e mobiliários locais e toda equipe de saúde multidisciplinar", completa.