Atirador de Buffalo ameaçou escola anteriormente, dizem autoridades

O jovem de 18 anos que matou dez pessoas e feriu outras três, em sua maioria negras, em um supermercado na cidade de Buffalo, no estado de Nova York, neste sábado (14) escreveu, quando estava no ensino médio, que queria cometer um tiroteio em massa. As informações são das autoridades locais.

O comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, disse em entrevista coletiva no domingo, registrada pela rádio americana NPR, que "a polícia estadual respondeu. Eles investigaram, entrevistaram o sujeito e sentiram que era apropriado trazer esse indivíduo para uma avaliação de saúde mental".

O agente relatou que o suspeito havia feito declarações indicando que o tiroteio seria na formatura da escola ou após ela, segundo o jornal local Buffalo News.

A polícia informou, na época, que a ameaça "não era dirigida para uma pessoa ou lugar específico" e, após um dia em um hospital, o suspeito foi liberado.

A investigação foi iniciada após o autor do tiroteio entrou no 'Tops Friendly Market', localizado na avenida Jefferson, vestindo roupas de estilo militar, pouco depois das 14h30 (horário local) e começou a disparar com um rifle, conforme relatou um funcionário na condição de anonimato à AP.

Responsáveis pela investigação informaram que duas armas foram apreendidas no local. As autoridades afirmam que ele comprou a arma utilizada no crime legalmente.

As autoridades estão investigando o que aconteceu como um ataque terrorista e um crime de ódio baseado, entre outras coisas, em um manifesto que o jovem aparentemente deixou escrito. 

Um dos documentos encontrados contém 180 páginas e fala de uma teoria da conspiração racista de que os brancos estariam sendo substituídos por minorias nos Estados Unidos e em outros países. O outro documento traz uma lista de tarefas para o ataque, incluindo limpar a arma e testar a transmissão ao vivo.