Ativista dispara contra Ministério dos Povos Indígenas: ‘priorizou mais festas’
Para Daniel Munduruku, governo precisa focar no combate ao etnocídio
Foto: Reprodução/Itau Cultural
O escritor e ativista indígena Daniel Munduruku fez duras críticas ao Ministério dos Povos Indígenas, criado durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, Munduruku afirmou que a pasta liderada por Sônia Guajajara priorizou mais "festas" e "viagens internacionais" do que o combate efetivo ao etnocídio indígena.
“Os dados sobre a saúde dos yanomami não deixam dúvidas: criar um ministério cirandeiro apenas para apagar incêndio é replicar a velha política do pão e circo”, escreveu Munduruku, na última sexta-feira (12), nas redes sociais.
De acordo com o ativista, a persistente crise que atinge os yanomamis dá a impressão de que “realmente o ministério se preocupou muito mais com a festa, com isso que eu chamei de cirandeiro, e menos com uma atuação prática”.
“A gente viu muito mais a ministra [Sonia Guajajara], sobretudo, andando por vários cantos do mundo e menos ela, de fato, atuando dentro do Brasil, dentro das áreas indígenas”, disse ele à coluna.
“Numa comparação boba, é como se eu me dedicasse mais a vender meus livros para que um público externo visse a beleza do que eu escrevo do que querer que meus livros tenham algum tipo de impacto dentro da sociedade brasileira”, completou.