Autoridades descartam possibilidade de explosões em Beirute terem sido um ataque ou atentado
Premiê Hassan Diab afirmou que responsáveis "vão pagar o preço"
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As duas explosões que ocorreram nessa terça-feira (4) na região portuária de Beirute, na capital do Líbano, deixaram dezenas de mortos e milhares de feridos. O tremor chegou a ser sentido em cidades vizinhas e até mesmo no Chipre, uma ilha mediterrânea a 240 km a noroeste de Beirute. No entanto, a autoridades descartaram a ideia de que as explosões tenham sido um ataque ou atentado.
As explosões também foram sentidas nos pontos da capital de Raouche, na orla do Mediterrâneo, a 6 quilômetros do porto, até o subúrbio de Rabieh, a 13 quilômetros de distância. O impacto também foi sentido em Nicósia, capital do Chipre, segundo relatos de testemunhas.
Segundo a TV Al-Manar, veículo oficial do Hezbollah, a primeira explosão teria sido causada por uma falha elétrica pouco antes das 18h (12h em Brasília) e teria provocado um incêndio em um depósito de fogos de artifício. E segundos depois, veio a segunda explosão, que teria acontecido após o fogo causado pela falha elétrica ter atingido um estoque de 2,7 mil toneladas de nitrato de amônia que vinha sendo guardado havia seis anos.
Mais de 4 mil pessoas ficara feridas no incidente e com os hospitais e unidades de saúde lotadas, os pacientes e feridos foram enviados numa ambulância para as capitais no norte, do sul e do Vale do Bekaa, além dos centros de atendimentos na região metropolitana e interior do país.
Apoio de países
Para evitar hipóteses sobre os israelenses, Israel se apressou em negar que tenha sido o responsável pelas explosões e que tenha atacado alvos em Beirute. "Não temos nada a ver com a explosão", afirmou um funcionário do governo.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou estar acompanhando com muita atenção os desdobramentos dos fatos que ligam à explosão em Beirute e que a situação parecia um "ataque terrível".
Em nota, o governo brasileiro manifestou “solidariedade ao povo e ao governo do Líbano pelas vítimas fatais e pelos feridos atingidos pelas graves explosões que tiveram lugar no porto de Beirute”.
"Vão pagar o preço"
Apesar das autoridades terem descartado que as explosões tenham sido um ataque, em um pronunciamento na TV, o premiê Hassan Diab afirmou que os responsáveis pelas explosões "vão pagar o preço". "Eu prometo a vocês que essa catástrofe não ficará sem que seus responsáveis sejam punidos. Eles pagarão o preço", disse.