Auxílio emergencial: Pacheco estuda solução que não envolva criação de impostos
Equipe econômica do governo é contra novo tributo para financiar benefício
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quarta-feira (10), que estuda uma solução para a nova parcela do auxílio emergencial que não precise criar um novo imposto. Ele disse, em entrevista, que a criação de imposto "é sempre algo traumático", mas não detalhou qual seria a melhor alternativa para financiar o programa. “O momento de se dimensionar criação ou extinção de tributo é na reforma tributária. Nós vamos buscar uma solução, com fundamentos econômicos, sem que haja a necessidade da criação de impostos. Pelo menos, esse é o ideal de se fazer”, disse.
Atualmente, há rumores dentro do governo sobre a criação de um tributo nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para bancar a nova ajuda aos brasileiros afetados pela pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Contudo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem se posicionado contra a medida.
Na última segunda (8), Pacheco disse, em entrevista à GloboNews, que tinha "expectativas positivas" para um anúncio sobre o auxílio ainda nesta semana. Na ocasião, o presidente do Senado disse também que não se poderia condicionar novas rodadas de auxílio à aprovação de propostas de ajuste fiscal em análise no Congresso, como a PEC Emergencial. Também nesta quarta (10), Pacheco também falou sobre a sessão que ouvirá o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, marcada para esta quinta-feira (11). Pazuello foi chamado a explicar as "dificuldades" enfrentadas pelo Brasil para imunizar a população contra a Covid-19.