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Avaliação de Milei despenca com escândalo envolvendo a irmã do presidente; 62% veem corrupção

Pesquisas do La Sastrería e Trespuntozero apontam que Milei caiu para o terceiro lugar entre os líderes políticos mais bem avaliados do país, atrás de Kicillof e Cristina Kirchner

Por Da Redação
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Avaliação de Milei despenca com escândalo envolvendo a irmã do presidente; 62% veem corrupção

Foto: REPRODUÇÃO/X/@KARINAMILEIOK

Duas pesquisas divulgadas na Argentina indicam uma piora na avaliação do governo Milei após os escândalos de corrupção envolvendo a irmã do presidente, a secretária-geral da presidência Karina Milei. 

Os levantamentos do La Sastrería e Trespuntozero apontam uma queda de oito pontos de avaliação positiva nas últimas seis semanas, de 48% para 39,9%. Já a avaliação negativa cresceu de 50,8% para 57% nas últimas três semanas.

A imagem de Milei caiu para terceiro lugar entre os líderes políticos mais bem avaliados do país, atrás de Axel Kicillof e Cristina Kirchner (anteriormente ele liderou todas as pesquisas).

A última pesquisa, divulgada nesta quinta (28), mostra que o escândalo envolvendo Karina teve um impacto profundo na opinião pública: 62,5% acreditam que “as gravações de áudio refletem atos graves de corrupção no governo”, enquanto apenas 32,8% acreditam que se tratou de uma “fraude”, como o partido de Milei alega.

A queda dos números acontece próximo das eleições de meio de mandato em outubro. Na quarta-feira (27), Milei foi retirado às pressas de um evento de campanha para as eleições, após a caravana presidencial ser atacada com pedras. Karina também estava no veículo. 

Escândalo

Investigações apontam Karina como suposta beneficiária de um esquema de corrupção envolvendo a devolução de verbas pela Andis (Agência Nacional para a Deficiência). 

Nas últimas semanas, foi vazada uma gravação feita a cerca de um ano com voz atribuída a Diego Spagnuolo, ex-dirigente da Andis. No áudio, Spagnuolo compartilha informações sobre a existência de um esquema de propina de até 8% organizado pelo subsecretário de Gestão Institucional, Eduardo “Lule” Menem, braço direito de Karina Milei.

No mesmo áudio, o ex-dirigente afirma ainda que caberia a Karina 3% da propina cobrada aos fornecedores de medicamentos para pessoas com deficiência e que “estes são mais ladrões que os Kirchner”, em referência ao governo anterior.

A crise se agravou com a atuação da justiça. O promotor Franco Piacardi, ex-funcionário do Ministério da Justiça no Governo de Crsitina Kirchner apreendeu telefone, computadores e caixas de documentos do ex-dirigente; itens dos donos da drogaria Suizo Argentina, os irmãos Kovalivker, mencionados no áudio; além de celular e documentos do advogado Daniel Garbellini, mencionado como o responsável pela arrecadação das propinas dentro do governo.  

Em evento na segunda-feira (25), Milei defendeu sua gestão e sua irmã: “Numa época em que o kirchnerismo (oposição) está aberta e descaradamente semeando o caos e tentando criar instabilidade, quero dizer que nada disso nos assustará, porque acabamos com o déficit (fiscal) de 123 anos em um único mês”. Sobre Karina, disse: “Obrigada, chefe”, referindo-se à organização do partido em nível nacional.

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