Avaliamos o Mercedes Classe A 200 Sedan
Por R$ 170 mil ele não é nenhum popular mas surpreende pela conectividade
Em busca de consumidores mais jovens para o seu portfólio a Mercedes está diversificando o portfólio. Além de muitos SUVs a marca oferece no mercado brasileiro o compacto Classe A nas carrocerias hatch e sedã. O Classe A é fabricado no México e não tem tradição como outros luxuosos carros da marca da estrela. Mas os números de venda mostram que ele tem sido aceito aqui e em todos os países onde é vendido.
Seu ponto forte está na conectividade. O sedã compacto traz o sistema MBUX (Mercedes Benz User Experience) composto por duas telas de 10,25” com interação total com os comandos do carro, espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay e alta resolução nos comandos, claros e simples de usar. A solução estreou no Classe A lançado há exatamente um ano, invertendo a ordem natural desse tipo de equipamento que começa a ser vendido primeiro nos modelos mais caros como nos crossovers e nos sedãs de luxo S e E.
O motor é o 1.3 turbo com 163cv com 25,5kgfm de torque mostra fôlego e diversão na medida certa. O propulsor aliás foi desenvolvido com a Renault e está perto de ser oferecido aqui. O câmbio de dupla embreagem tem sete velocidades poderia engatar de imediato ao posicionarmos no “D” mas apesar disso evolui conforme o pé do motorista. A suspensão precisa bem como a direção elétrica e a atuação do controle de tração e estabilidade mostram a atenção da Mercedes-Benz com seu sedã de entrada.
O acabamento é digno de um modelo alemão com bons encaixes e requintes como o toque frio no metal que reveste as portas. Para se ajustar, o motorista tem os comandos posicionados na lateral e a sensação de carro mais caro é novamente notada. Material black piano, superfície emborrachada e itens metalizados são bem compostos.
Contras
Apesar da multimídia e do MBUX faltou ter mais pontos de recarga e adotar, por fim, um USB convencional. No Classe A há duas entradas USB-C que exigem uso de um adaptador que é fornecido com o veículo. Mas um USB comum (inclusive atrás) faz falta.
Os passageiros do banco traseiro vão se incomodar com o túnel elevado e a coluna C pode atrapalhar o acesso dos mais altos. Poderia ser um pouco mais espaçoso e generoso com os amigos.
É só um detalhe mas a alavanca do câmbio, posicionada atrás do volante, parece frágil. Tem que acionar com suavidade, sob risco de danificar a peça. Uma alavanca comum de boa qualidade no console central já resolveria a questão.
