Avaliamos o VW Virtus 1.6 automático
Sedã usa motor 1.6 e câmbio AT6 para entrar na briga pelos sedãs com bom custo benefício
O Volkswagen Virtus traz no nome suas qualidades que tem feito dele um sucesso de vendas pelo Brasil. Lançado em 2017, ele tem seguido um bom caminho no segmento dos carros três volumes: foram 46.883 unidades vendidas em 2019, saindo de um patamar de 3.000 para 4.000 unidades mensais. Ainda está longe do Chevrolet Onix Plus que na nova geração emplaca, em média, 9.000 unidades por mês, mas já foi capaz de superar com folga Toyota Yaris, Ford Ka Sedan, Fiat Cronos e Hyundai HB20S que vem perdendo espaço após a nova geração.
Com o mesmo desenho desde 2017, é possível concluir que o Virtus 1.6 MSi dispensa itens cosméticos, frisos e superfícies bem trabalhadas na parte interna. Não tem bancos em couro, o acabamento é simplificado e não há e detalhes. O motor é o velho conhecido 1.6 EA211 MSi (117 cv de potência a 5.750 rpm e 16,5 kgfm de torque a 4.000 rpm com etanol) com transmissão automática Aisin de seis marchas.
De série ele traz ar condicionado, direção elétrica e multimídia com Bluetooth, entrada auxiliar, USB e cartão de memória além de Android Auto e Apple CarPlay na multimídia Composition Touch que tem até computador de bordo - algo incomum nesta faixa de preço. O pacote aliás é o mesmo da versão PCD vendida por R$ 55 mil e denominada Sense.
O motor quatro cilindros de 117cv aspirado é confortável mas passa longe do brilho do 1.0 turbo TSi da versão Highline. Com ele o Virtus fica 1s mais lento na aceleração de 0-100km/h mas evolui bem se o motorista não estiver esperando o desempenho do motor turbo. O câmbio é suave nas trocas e mesmo sem aletas para trocas atrás do volante há opção na própria alavanca além do modo "Sport" que retarda o sistema aproveitando ao máximo o motor 1.6. A suspensão inclina muito pouco e a dirigibilidade é também ponto de destaque como em toda a linha Polo.
Mesmo espaçoso notam-se algumas economias como a ausência de apoio de braço para o motorista, a alça para o passageiro e uma câmera de ré, útil para seus 4,48m de comprimento, 1,75m largura, 1,47m de altura e 2,65m entre-eixos (há apenas sensores).
Consumo e valor
Abastecido com gasolina o Virtus marcou 10,5km/litro em percurso urbano e 13km/litro em rodovias, algo dentro do esperado para os números divulgados pela Volkswagen. No entanto, para ter itens do pacote "Safety" como assistente de partida em rampa é preciso acrescentar R$ 1.430.
O preço de R$ 69,9 mil é interessante ao considerar os competidores sedãs automáticos como Fiat Cronos Drive 1.8 AT 2020 também por R$ 69.990, Ford Ka Sedan 1.5 Titanium por R$ 73.290, Toyota Yaris 1.5 XS Connect CVT por R$ 77.990 mas ainda fica além do líder Chevrolet Onix Plus cuja versão LT começa em R$ 68 mil e vai até R$ 78 mil na Premier, sempre com motor 1.0 turbo e transmissão automática. Seja como for, o Volkswagen tem mesmo feito sucesso sem embreagem uma vez que 60% das vendas dele são de versões automáticas que trazem conforto ainda que usando motores mais antigos para oferecer preço reduzido