AVC: mais de 50 mil brasileiros morreram no primeiro semestre de 2023
Em 2022, mais de 114 mil pessoas perderam suas vidas devido a essa doença no país
Foto: Divulgação
Dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil mostram que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi responsável pela morte de 50.291 brasileiros somente no primeiro semestre deste ano. Em 2022, mais de 114 mil pessoas perderam suas vidas devido a essa doença no país.
Existem dois tipos principais de AVC: o isquêmico, que ocorre quando há falta de sangue em uma área do cérebro e corresponde a 80% a 85% dos casos; e o hemorrágico, que ocorre quando um vaso sanguíneo, geralmente uma artéria, se rompe. Essas condições podem causar danos cerebrais permanentes e têm um impacto significativo tanto na esfera econômica quanto social, afetando não apenas o paciente, mas também toda a família.
Identificar rapidamente os sinais do AVC e o socorro ágil evitam o comprometimento mais grave que pode deixar sequelas permanentes, como redução de movimentos, perda de memória, prejuízo à fala e diminui drasticamente o risco de morte.
Sintomas
Segundo a neurologista e presidente da Rede Brasil AVC, Sheila Martins, os principais sintomas de um AVC são perda de força súbita e/ou dormência súbita de um braço e/ou perna e/ou face, especialmente em metade do corpo; dificuldade de falar ou entender a fala; tontura; alterações visuais súbitas em um olho, nos dois olhos ou na metade de cada olho; dor de cabeça súbita e intensa, diferente do habitual.
Uma dica para identificação do problema é, ao suspeitar que uma pessoa esteja sofrendo um AVC, pedir a ela para sorrir. “Se ela apresentar um sorriso com uma deformidade da rima labial, pode ser um desvio causado pelo AVC. Verifique também se a pessoa consegue levantar os braços como se ela fosse abraçar ou se algum membro não se move e se apresenta fala enrolada”, disse a especialista.
“Identificando alguma ou mais de uma dessas situações, ligue imediatamente para o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), no 192”, completa.