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Bahia bate recorde de R$ 47,3 bilhões na agricultura e se torna o 7º maior gerador de valor agrícola do Brasil, aponta IBGE

Crescimento de 8,4% registrado em 2024 foi puxado pelo cacau e fruticultura

Por Da Redação
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Atualizado
Bahia bate recorde de R$ 47,3 bilhões na agricultura e se torna o 7º maior gerador de valor agrícola do Brasil, aponta IBGE

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A agricultura da Bahia atingiu valor recorde de R$ 47,3 bilhões, em 2024, um crescimento de 8,4% em relação a 2023, segundo dados da Pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho coloca o estado como o 7º maior gerador de valor agrícola do país, respondendo por 6% do total nacional.

O avanço foi puxado pelo cacau e pela fruticultura, enquanto a produção de grãos, como soja e milho, registrou queda. Municípios do oeste baiano reforçam a presença do estado entre os líderes nacionais da atividade agrícola.

Entre 2023 e 2024, a Bahia registrou acréscimo absoluto de R$ 3,7 bilhões, retomando crescimento após queda entre 2022 e 2023. Nacionalmente, o Brasil apresentou redução no valor da produção agrícola pelo segundo ano consecutivo, passando de R$ 815 bilhões para R$ 783,2 bilhões, queda de 3,9%. Nove estados registraram retração, puxada pela queda de 7,5% na produção de grãos e pela redução de preços de milho e soja.

O aumento do valor baiano representou o 6º maior do país. Rio Grande do Sul (R$ 13,2 bilhões), Espírito Santo (R$ 8,6 bilhões) e Pará (R$ 7,4 bilhões) tiveram os maiores aumentos. Em contrapartida, Mato Grosso (-R$ 32,7 bilhões), Paraná (-R$ 18,4 bilhões) e Mato Grosso do Sul (-R$ 15,8 bilhões) tiveram as maiores quedas.

Dos 46 produtos cultivados na Bahia, 31 tiveram aumento de valor entre 2023 e 2024, incluindo cacau, café canephora (R$ 805,8 milhões) e uva (R$ 635,8 milhões). 

O estado manteve liderança nacional na produção de guaraná, com 1.685 toneladas, correspondendo a 63,3% da safra nacional. Apesar da produção cair 2,4%, o valor gerado subiu 17,6%, atingindo R$ 27,9 milhões. 

Seis municípios baianos figuraram entre os 10 maiores produtores de guaraná do país: Ituberá, Taperoá, Valença, Camamu, Nilo Peçanha e Presidente Tancredo Neves.

Cacau e fruticultura puxam crescimento

O cacau apresentou o maior aumento no valor da produção na Bahia, de R$ 2,3 bilhões para R$ 6,5 bilhões (+176,7%), mesmo com leve queda na produção, de 139 mil para 137 mil toneladas. 

O estado perdeu a liderança nacional para o Pará, que gerou R$ 7,7 bilhões (+284%). Ilhéus permaneceu como maior produtor baiano, com 8.857 toneladas, seguido por Wenceslau Guimarães (8.505 t) e Ibirapitanga (8.394 t).

A fruticultura alcançou R$ 7,4 bilhões, crescimento de 30,5% frente a 2023. Juazeiro manteve liderança na produção e no valor da manga, com 417,6 mil toneladas, gerando R$ 1,037 bilhão (+9,5%). Casa Nova teve produção de manga de 196,2 mil toneladas e valor de R$ 522,6 milhões (+86,8%), ocupando a 2ª posição nacional. 

Rio Real se destacou na produção de laranja, com 241,4 mil toneladas e valor de R$ 295,4 milhões (+62,9%). Livramento de Nossa Senhora manteve liderança nacional em maracujá, com 43.039 toneladas e R$ 620,2 milhões (+13,7%).

Grãos em queda, mas soja continua líder

A safra de grãos totalizou 12,1 milhões de toneladas, queda de 4,5% em relação a 2023, e valor de produção caiu 14,7%, para R$ 24,1 bilhões (50,8% do total estadual). A soja continuou sendo o produto agrícola de maior valor (R$ 14,4 bilhões), mesmo registrando queda de R$ 2,6 bilhões. 

A produção caiu 1,4%, para 7,668 milhões de toneladas. A Bahia manteve-se como 7º maior produtor nacional em quantidade e subiu para 6º em valor.

O algodão herbáceo gerou R$ 6,4 bilhões, ultrapassado pelo cacau, mesmo com aumento de produção de 1,453 milhão para 1,486 milhão de toneladas (+2,3%). O milho caiu 15% em produção, com 2,6 milhões de toneladas, e 19,7% em valor, para R$ 2,4 bilhões.

Destaque dos municípios

São Desidério manteve-se como 2º maior valor agrícola do país, com R$ 6,6 bilhões, embora tenha registrado queda de 15% (-R$ 1,2 bilhão). Formosa do Rio Preto subiu para 6ª posição nacional, com R$ 4,9 bilhões (-15,5%). 

Outros municípios em destaque são: Barreiras (R$ 1,8 bilhão), Correntina (R$ 1,1 bilhão), Luís Eduardo Magalhães (R$ 1,0 bilhão), Juazeiro (R$ 1,7 bilhão) e Riachão das Neves (R$ 656 milhões).

No ranking baiano, Mucugê e Cocos deixaram o top 10, substituídas por Ibicoara (9ª posição) e Casa Nova (10ª). Juazeiro passou da 8ª para 6ª posição estadual, ultrapassando Riachão das Neves e Jaborandi.

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