Bahia efetua primeiro transplantes cardíaco de 2024

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), depois de cinco meses, voltou a registrar um transplante cardíaco. Nesta sexta-feira (1), um paciente de 60 anos, que esperava há mais de um mês da fila por um  transplante de coração, recebeu uma nova chance para continuar a viver. O órgão foi derivado de uma doação de múltiplos órgãos, de um paciente de 54 anos, morador em Irecê, vítima de traumatismo crânio encefálico (TCE).

O órgão, transplantado no Hospital Ana Nery, unidade da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), foi levado no prazo de 4 horas após a captação, com o apoio da Casa Militar, que proporcionou uma aeronave do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer). Além do transplante de coração, outras doações foram feitas beneficiando pacientes que aguardavam pela transplantação de rim, córnea e fígado. 

“Hoje é um dia de muita alegria para todos nós. Através de uma família que se dispôs a doar, conseguimos salvar uma vida. Estamos muito felizes com mais um transplante cardíaco e com a possibilidade de continuar assegurando a realização do procedimento no próprio estado. Esse é o Sistema Único de Saúde que trabalhamos diariamente para construir”, afirmou a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana.

O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, o médico Eraldo Moura, indica a retomada do transplante cardíaco como um dos grandes marcos obtidos pelo Estado. "Para pacientes com insuficiência cardíaca terminal ou outras condições cardíacas graves, o transplante cardíaco pode ser a única opção para prolongar a vida. Sem o transplante, muitos desses pacientes enfrentariam uma expectativa de vida muito curta, por isso a realização desse procedimento na Bahia é um marco que deve ser comemorado", declara o coordenador.     

O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes informou que hoje foram registradas, além da doação em Irecê, mais três doações de múltiplos órgãos, nos hospitais Couto Maia, Roberto Santos e Barreiras.

Balanço de 2023

No ano passado, em todo o Estado, foram efetuados 308 transplantes de rim, sendo 22 de doadores vivos; 582 de córneas e 45 de fígado. Já na fila de espera para o processo tem 1843 pacientes para rim, 1331 para córnea, 30 para fígado e 3 para transplante cardíaco. Em nota todas as pessoas são doadoras em potencial, após avaliação médica da avaliação médica da história clínica e das doenças prévias. Assim, é possível doar coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas, intestino, córnea, medula óssea, pele, osso, tendão e válvula cardíaca (tecidos).