• Home/
  • Notícias/
  • Bahia/
  • Bahia lidera número de mortes de pessoas negras durante ações policiais, aponta levantamento
Bahia

Bahia lidera número de mortes de pessoas negras durante ações policiais, aponta levantamento

Capital baiana lidera ranking no estado, com 384 negros mortos em 2022

Por Da Redação
Ás

Bahia lidera número de mortes de pessoas negras durante ações policiais, aponta levantamento

Foto: Divulgação

A Bahia foi o estado que mais registrou a morte de pessoas em ações da polícia durante o ano de 2022. Ao todo, 1.465 foram vitimadas durante o período. A cada 10 pessoas mortas na região, nove eram negras. As informações são da pesquisa "Pele Alvo: A cor da violência policial", divulgada nesta quinta-feira (16), pela Rede de Observatórios da Segurança. Outros sete estados foram analisados no ano passado.

De acordo com o levantamento, a cada 24 horas, quatro pessoas são mortas pela polícia na Bahia. Além da Bahia, a pesquisa também avaliou os números e registros de violência policial nos estados do Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.

A pesquisa revela ainda que houve um aumento de 300% nos casos de mortes em ações policiais no último ano, em comparação com 2015, sendo a maioria das vítimas pessoas negras. 

Do total de mortos pela polícia em 2022, os negros foram 94,76%, enquanto na população, segundo dados da a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do mesmo ano, a população negra na Bahia representava 80,80%. A maioria das vítimas (74,21%) tinha entre 18 e 29 anos quando foi morta.

Veja números apresentados pelo Observatório da Segurança:

2015 - 354 pessoas mortas pela polícia
2022 - 1.465 pessoas mortas pela polícia
2022 - 94,76% eram pessoas negras e 74,21% tinha entre 18 e 29 anos

Para Larissa Neves, pesquisadora do Observatório da Bahia, o estado é o que mais justifica as operações policiais no combate ao tráfico de drogas. "É importante ressaltar que a Bahia é o estado que mais justifica suas operações policiais baseado na ideia de “guerra às drogas” – vitimando a população majoritariamente negra e da periferia, como também os agentes de segurança que são negros, em sua maioria, mas atuam na ponta de lança de uma política falida. Esse contexto de morte como política de Estado financia e colabora com o genocídio da juventude negra diariamente”, diz.
Dados por cidade

A capital baiana apresentou 438 assassinatos em 2022. No mesmo ano, em Camaçari, na região metropolitana, foram 43 mortes violentas em ações policiais. Já em Feira de Santana, segunda maior cidade do estado, 86 pessoas morreram no ano passado.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário