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Bahia lidera ranking nordestino em número de afastamentos por ansiedade e depressão no último ano

Estado aparece como o oitavo colocado em comparação nacional; mulheres são principais afastadas das atividades corporativas por uma maior exposição as piores condições de trabalho

Por Da Redação
Ás

Bahia lidera ranking nordestino em número de afastamentos por ansiedade e depressão no último ano

Foto: Reprodução/Raffa Neddermeyer / Agência Brasil

A Bahia foi o estado nordestino com o maior número de afastamentos por ansiedade e depressão em 2024, no ranking nacional, os registros baianos ocupa a oitava posição em todo o país. Os dados foram divulgados pelo portal G1, nesta terça-feira (11).

Entre todos os afastamentos ocasionados por transtornos mentais na Bahia, o maior número de casos foi por ansiedade, cerca de 4.517, a segunda doença mais expressiva foi a depressão, com cerca de 3.313 diagnósticos entre os trabalhadores.

 

Confira a quantidade de afastamentos concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2024:

Categoria CID/Doença/Número de afastamentos

-F41/Ansiedade/4.517
-F32/Depressão/3.313
-F33/Depressão recorrente/1.701
-F31/Transtorno bipolar/1.494
-F20/Esquizofrenia/998
-F43/Reações ao "stress" grave e transtornos/575
-F19/Vício em drogas/436
-F23/Transtornos psicóticos/377
-F25/Transtornos esquizoafetivos/333
-F10/Alcoolismo/321

Os números divulgados se referem ao número de licenças e não ao número de indivíduos, dessa forma, o mesmo trabalhador pode ter sido diagnosticado com mais de um transtorno mental, e ter constado em mais de uma categoria CID assinalada.

Entre as principais causas dos afastamentos são citadas: instabilidade econômica, precarização das relações de trabalho, aumento da carga horária, desigualdade social, condições de trabalho que geram altos níveis de estresse e a dificuldade de conciliar vida profissional e pessoal.

Nacionalmente, foram registradas um total de 472.328 licenças médicas por transtornos mentais. É o maior índice desde 2014, com um aumento de 68%.


Mulheres são expostas a piores condições de trabalho e representam maioria dos casos de afastamentos

O levantamento apontou que entre todos os trabalhadores afastados pelo INSS, cerca de 64% são mulheres, com idade média de 41 anos. Elas costumam passar três meses afastadas dos postos de trabalho, e recebem cerca de R$ 1,9 mil por mês.

Entre as principais causas são citados fatores como menor remuneração, sobrecarga com o cuidado da família e a violência, que contribuem para as mulheres serem mais afetadas por transtornos mentais.

O governo federal institui que as empresas podem ser multadas, caso o Ministério do Trabalho (MP) identifique problemas como metas excessivas, jornadas extensas, assédio moral e condições precárias de trabalho.

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