Baldy é denunciado pelo MPF por corrupção e suspeita de fraudes em contratos de saúde
Outras dez pessoas também foram denunciadas pela força-tarefa da Lava Jato do RJ
Foto: Agência Brasil
O ex-ministro das Cidades durante a gestão de Michel Temer (MDB), Alexandre Baldy, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por suspeitas de envolvimento em crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e fraude em contratos de saúde.
A denúncia faz parte da força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro e além de Baldy, outras dez pessoas também foram denunciadas.
Durante as investigações, foi descoberto que Baldy, que na época era ministro e deputado federal, e o primo, teriam feito transações ilegais para a Organização Social (OS) Pró-Saúde, por prestação de serviços de gestão do Hospital de Urgência da Região Sudoeste (Hurso), em Goiás.
De acordo com o MPF, havia pagamentos em atraso por parte do governo do estado de Goiás e os primos usaram da influência de Baldy, que à época era Secretário de Comércio do Estado de Goiás, para que os valores fossem liberados à Pró-Saúde. No acordo, eles receberam vantagens indevidas que somaram R$ 500 mil. Ainda segundo as investigações, os valores foram pagos em dinheiro na cidade de Goiânia.
O MPF também apontou que após a primeira transação, Baldy e um ex-funcionário da Pró-Saúde, Rodrigo Dias, teriam realizado intermediação para a contratação de empresa gerida pelos ex-funcionários da Pró-Saúde. Os documentos também revelam fraudes em licitações feita pela Junta Comercial de Goiás (Juceg) e pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).