Economia

Banco Central deve reduzir taxa de juros pela primeira vez em três anos

Copom se reúne para deliberar sobre a taxa Selic em meio a expectativas de queda

Por Da Redação
Ás

Banco Central deve reduzir taxa de juros pela primeira vez em três anos

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central estará reunido nesta semana, nos dias 1º e 2 de agosto, para discutir a possibilidade de promover a primeira redução nos juros básicos da economia brasileira em três anos.

A última vez que a taxa Selic sofreu uma queda foi em agosto de 2020, quando, em resposta à grave fase da pandemia da Covid-19, foi reduzida para o nível mais baixo da história, atingindo 2% ao ano. Porém, desde então, a taxa tem sido gradualmente elevada, chegando a atingir 13,75% ao ano em agosto do ano passado, o maior patamar em seis anos e meio.

A projeção para esta reunião do Copom tem como base uma pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, que indicou um corte esperado para 13,50% ao ano. Além disso, o próprio Banco Central deixou a "porta aberta" para a possibilidade de redução dos juros. Caso o corte seja confirmado, analistas acreditam que a taxa Selic continuará em declínio nos próximos meses, com previsões de encerrar o ano de 2023 em 12% ao ano e atingir 9,5% ao ano até o final de 2024.

As perspectivas de queda da inflação, aliadas ao avanço das reformas no Congresso Nacional, como o andamento do arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária sobre o consumo pela Câmara, têm reduzido as incertezas e pavimentado o caminho para um possível corte nos juros.

Contudo, o cenário é marcado por críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e membros de sua equipe econômica em relação ao atual patamar da taxa Selic. Para eles, os juros altos são prejudiciais ao crescimento econômico e à geração de emprego e renda. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi indicado por Jair Bolsonaro (PL) e teve seu mandato confirmado pelo Senado, com validade até o fim de 2024.

A desaceleração da atividade econômica é vista como necessária pelo Banco Central para garantir a convergência da inflação às metas. A instituição tem defendido suas decisões com base no sistema de metas de inflação, projetando estimativas de inflação para os próximos 6 a 18 meses.

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