Banco é condenado a pagar R$ 75 mil para funcionária que teve a função alterada após licença-maternidade
Decisão afirma que banco possui tratamento desigual em função do gênero
Foto: Bradesco/Divulgação
O Banco Bradesco foi condenado a pagar R$ 75 mil a uma funcionária por conduta discriminatória em uma agência da cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia. No caso, a função da mulher foi alterada quando ela retornou da licença-maternidade. Cabe recurso da decisão.
De acordo com a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), a gerente de contas saiu para licença-maternidade e quando voltou ao trabalho passou a executar funções auxiliares por meses, diferentes das que exercia anteriormente.
A desembargadora Maria de Lourdes Linhares , destacou que o banco tratou a empregada, que optou pela maternidade, como incapaz de retomar sua carreira com a mesma dedicação de homens que voltam de outros tipos de afastamento.
Ela ainda apontou a persistência de uma política empresarial "estruturalmente machista", já que o Bradesco foi condenado em outras ações semelhantes. A indenização foi fixada em R$ 75 mil, com os votos das desembargadoras Ana Paola Diniz e Marizete Menezes.