Barroso abre sessão do STF justificando solidariedade à família de detento que morreu na prisão
Preso pelos atos do 8 de janeiro, Cleriston Pereira da Cunha sofreu mal súbito durante banho de sol

Foto: Antonio Augusto/TSE
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, começou a sessão desta quarta-feira (22) da Corte expressando solidariedade à família de um réu dos atos de 8 de janeiro que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
O ministro Barroso lamentou a morte de Cleriston Pereira da Cunha. De acordo com informações da Vara de Execuções Penais (VEP), o detento sofreu um mal súbito durante o banho de sol e veio a óbito na segunda-feira (20).
"Em nome do Tribunal, manifesto solidariedade à família do cidadão brasileiro que perdeu a vida no Presídio da Papuda em 20 de novembro de 2023", declarou o presidente do Supremo.
Cleriston estava preso por ordem do STF devido à sua participação nos atos do dia 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes da República, em Brasília.
Barroso afirmou que qualquer perda de vida humana, especialmente quando ocorre sob custódia do Estado brasileiro, merece ser lamentada com profundo pesar. "O ministro Alexandre de Moraes já determinou a apuração das circunstâncias que envolveram a morte desse cidadão brasileiro nas instalações da Papuda, aparentemente por razões naturais. As estatísticas indicam que, em média, quatro pessoas falecem diariamente em presídios brasileiros, geralmente por causas naturais, ainda que as condições carcerárias possam agravar tais situações", disse o ministro.