Barroso fala sobre guerra no Oriente Médio: ‘Constituição tem dispositivos de repúdio ao terrorismo’
Presidente do STF é filho de mãe judia
Foto: Roberto Jayme/ASCOM/TSE
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, cuja mãe é judia, foi procurado em diversas ocasiões desde o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas para apoiar os abaixo-assinados e notas de repúdio contra o conflito.
O ministro, que anteriormente optou por não se posicionar, abordou o assunto pela primeira vez em uma entrevista à revista Veja. Ele explicou que a decisão se deu porque “a Constituição brasileira tem dispositivos de repúdio ao terrorismo, de defesa da paz e de busca da solução pacífica dos conflitos”.
“Matar indiscriminadamente pessoas inocentes, como fez o Hamas em Israel, tem nome: terrorismo. Só um inominável antissemitismo poderia procurar relativizar isso. É possível discordar duramente da política de Israel, mas jamais justificar a barbárie. Agora, a reação tem de ser proporcional, bem como respeitar o Direito Internacional e princípios humanitários. Ninguém deve abusar das próprias razões”, afirmou Barroso.
“Com o Hamas é impossível a paz porque a filosofia do grupo é a destruição de Israel e a erradicação do povo judeu. Mas eu espero que após essa tragédia e esse banho de sangue renasça a disposição de negociar um acordo de paz com a Autoridade Palestina, inclusive com Israel colaborando para dar sustentabilidade econômica ao Estado palestino. Israel venceu todas as guerras após ser atacado: 1948, 1956, 1968 e 1973. Quem vence é que deve ser generoso”, completou.