Barroso prefere julgar caso de Bolsonaro esse ano para "evitar o ano eleitoral"
Ministro do STF citou que o processo da ação penal de Jair Bolsonaro "vai depender da tramitação"

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou, nesta sexta-feira (28), que tem preferência de julgar a ação penal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados ainda este ano para "evitar o ano eleitoral". No entanto, o magistrado citou que o processo legal "vai depender da tramitação".
Em coletiva de imprensa após uma aula inaugural na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Barroso apontou pendências no processo e afirmou que "seria bom julgar esse ano para evitar o ano eleitoral", com a ressalva de que "o devido processo legal vem à frente do ano eleitoral, portanto, vai depender, da tramitação".
"Quanto a ser julgado esse ano, eu tenho dificuldade de prever porque, recebida a denúncia, vão ser requeridas as provas. Portanto, depende do número de testemunhas que cada testemunha vai indicar. Depende se eles vão pedir prova pericial que demande mais tempo. Idealmente, se for compatível com o devido processo legal, seria bom julgar esse ano para evitar o ano eleitoral", disse o ministro.
BOLSONARO RÉU
Pela primeira vez na história do Brasil, um ex-presidente da República e militares se tornaram réus e serão julgados por tentativa de golpe de Estado. Jair Bolsonaro (PL), que foi presidente entre 2019 e 2022, e mais sete aliados responderão a um processo penal por planejar golpe de Estado ao final do mandato.
A decisão do Supremo abre caminho para julgar o mérito da denúncia contra o ex-presidente até o fim do ano, em esforço para agilizar o julgamento e evitar que o caso seja contaminado pelas eleições presidenciais de 2026.
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