Barroso rejeita recurso e mantém condenação de policiais militares envolvidos no massacre de Carandiru
Decisão ocorre em meio à discussão na Câmara dos Deputados sobre a anistia dos agentes
Foto: Roberto Jayme/TSE
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta quarta-feira (3), manter a condenação de policiais militares de São Paulo pelo massacre do Carandiru, ocorrido em outubro de 1992.
Após 30 anos do assassinato de 111 presos, na Casa de Detenção de São Paulo, conhecido como Complexo Penitenciário Carandiru, a Corte dá o veredicto final, ao declarar culpados os agentes envolvidos na chacina. Até hoje, nenhum policial foi punido pelo episódio.
A decisão de Barroso ocorre no momento em que a Câmara dos Deputados debate a concessão de anistia ampla para os policiais condenados. A proposta já foi aprovada pela Comissão de Segurança Pública, mas ainda precisa tramitar em outras comissões para, então, ser levada a plenário.
A manutenção da condenação é uma resposta ao recurso da defesa dos policiais para reverter a sentença. Eles tinham sido considerados culpados pelo Tribunal do Júri em 2013, com penas que variam entre 48 e 624 anos de reclusão.