BC aponta terceira queda seguida dos juros do rotativo e do cheque especial
Junto com queda da Selic, tendencia é de queda nos custos para empréstimo
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As taxas de juros do rotativo e do cheque especial seguem caindo durante o período da pandemia, de acordo com as estatísticas de junho divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (29). As duas modalidades mais caras do mercado seguem uma trajetória de queda desde março. No cheque especial, a taxa de 6,4% ao mês em junho representa uma nova redução depois da imposição de um limite de 8% ao mês pelo Banco Central.
Em fevereiro e março, a taxa já tinha ficado em 7,2%, caiu para 6,8% para abril e teve nova redução em maio, para 6,6%. Já o cartão de crédito na modalidade rotativo (quando o cliente não paga o valor integral da fatura até a data de vencimento) registrou a terceira queda seguida neste ano. Em março, os juros estavam em 12,9% ao mês e agora estão em 12,3% ao mês.
A taxa básica de juros, a Selic, está em 2,25%. A Selic serve como um guia para as instituições financeiras estabelecerem as suas taxas de juros nos financiamentos. Uma taxa Selic mais baixa tende a baixar o custo de empréstimos. Em geral, as taxas de juros para recursos livres, modalidade sem direcionamento do governo, também tiveram queda.
Para empresas, a taxa caiu de 14,2% ao ano em maio para 13% em junho. Já para pessoas físicas, a queda foi de 42,9% ao ano para 40,7% no mesmo período. As taxas de inadimplência também tiveram queda de 4% em maio para 3,7% em junho.
Apesar da redução, a variação para baixo ainda está dentro dos patamares do ano passado, quando variou de 3,7% a 4%. A inadimplência é um dos fatores que as instituições financeiras levam em conta ao estabelecer as taxas de juros. Entre maio e junho, a inadimplência de empresas caiu de 2,4% para 2% e de pessoas físicas caiu de 5,5% para 5,2%.