BC injetou US$ 1 bilhão no mercado para segurar cotação do dólar
Divida inverteu a tendência e terminou a sessão com o dólar a R$ 4,34
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Após declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, feita na quarta-feira (12), onde ele sugere que o governo veja com bons olhos a elevação das cotações do dólar, o Banco Central (BC) precisou intervir no mercado de câmbio para conter o nervosismo dos investidores.
Com a abertura dos negócios, a moeda norte-americana chegou a superar o patamar de R$ 4,38, mas depois da autoridade monetária despejar cerca de US$ 1 bilhão no mercado, no leilão de 20 mil contratos de swap cambial, onde equivalem à venda futura de dólares, a divida inverteu a tendência e terminou a sessão com R$ 4,34, uma queda de 0,34% em relação ao fechamento de quarta-feira (12).
Para Renan Silva, do BlueMetrix, a ação do BC foi moderada. “Não é necessário, por exemplo, subir a taxa de juros e prejudicar o país. O Banco Central não quer vender as reservas de forma precipitada, porque entende que a alta do câmbio é um movimento sazonal que está atrelado ao desaquecimento da economia global”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro evitou comentar sobre a sugestão de Paulo Guedes, que criticou o período de cotações baixas do dólar ao dizer que “até empregada doméstica ia para a Disney”. “Pergunta para quem falou isso, eu respondo pelos meus atos”, disse Bolsonaro, ao ser questionado por jornalistas. Ele disse, porém, que, “como cidadão”, acha que o dólar está “um pouquinho alto”.