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Bilionários e militares: saiba quem são os secretários escolhidos por Trump para compor o novo governo dos EUA

Republicano priorizou escolher pessoas fiéis a ele para garantir avanços do plano de governo

Por Da Redação
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Bilionários e militares: saiba quem são os secretários escolhidos por Trump para compor o novo governo dos EUA

Foto: Reprodução

Após sair vitorioso nas urnas em 2024, Donald Trump assume a presidência do Estados Unidos nesta segunda-feira (20). O gabinete do atual presidente será composto por figuras de destaque do cenário político e empresarial, como bilionários e militares.

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Nos EUA, os cargos de secretário de governo são equivalentes aos dos ministros de Estado no Brasil. Veja abaixo os principais nomes do próximo governo Trump:

• Marco Rubio, secretário de Estado

Filho de imigrantes cubanos e nascido em Miami, Marco Rubio é conhecido por ser um crítico severo da China, opositor declarado do governo comunista de Cuba e forte defensor de Israel.

Ele foi eleito para o Senado dos Estados Unidos em 2010, com campanha impulsionada pelo Tea Party, ala de extrema direita dos republicanos.

A escolha de Marco Rubio para o cargo representa uma mudança na relação dele com Trump. Em 2016, quando ambos competiam para ser o candidato republicano à Casa Branca, o senador chamou Trump de "trapaceiro" e "a pessoa mais vulgar que já aspirou à Presidência".

O secretário de Estado dos EUA é equivalente ao ministro das Relações Exteriores do Brasil.

• Susie Wiles, chefe de Gabinete

Considerada uma das principais arquitetas da vitória de Trump, Susie deve se tornar uma das mulheres mais poderosas do governo dos Estados Unidos. O nome dela foi o primeiro a ser anunciado pelo presidente.

Susie deverá operar como uma das principais conselheiras do presidente. O cargo pode ser comparado com o de ministro da Casa Civil do Brasil. 

• Thomas Homan, 'czar' da fronteira

Thomas Homan, ou apenas Tom Homan, será o responsável por cuidar das fronteiras dos Estados Unidos pelos próximos quatro anos. Nas palavras de Trump, ele será um "czar", como eram chamados os imperadores russos que até o início do século 20 tinham poderes plenos.

Durante o primeiro governo Trump, Homan foi muito criticado por ser um dos defensores da separação de crianças de famílias que imigraram ilegalmente para o país. 

No novo governo, ele fica responsável pela fiscalização das fronteiras com o México e o Canadá, além da segurança marítima e aérea voltada ao tema imigratório.

• Elon Musk, responsável pela Eficiência Governamental

O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e do X, irá chefiar o Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos. 

Segundo Trump, o objetivo de Musk será eliminar gastos desnecessários do governo, enxugando a máquina pública. O empresário prometeu fazer US$ 2 trilhões em cortes, principalmente na burocracia federal. 

Musk também deve pressionar Trump por uma maior desregulamentação em áreas nas quais ele investiu pesadamente, como inteligência artificial e criptomoeda.

• Pam Bondi, procuradora-geral

Ex-procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi foi indicada ao cargo após Matt Gaetz desistir da nomeação devido polêmicas envolvendo má conduta sexual e uso de drogas.

Ex-democrata e ex-lobista, Pam foi a primeira mulher a se tornar procuradora-geral da Flórida. Ao longo da carreira, priorizou processos de tráfico de pessoas. 

Em 2019, Pam foi a advogada de Trump no primeiro processo de impeachment que ele sofreu. À época, o então presidente foi absolvido das acusações. No ano seguinte, ela defendeu as falsas alegações de que a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais foi resultado de uma fraude.

• Pete Hegseth, secretário de Defesa

Veterano de guerra e apresentador da Fox News, Pete Hegseth é filiado ao Partido Republicano desde a faculdade.

Hegseth atuou no Afeganistão, no Iraque e na Baía de Guantánamo, em Cuba. Em 2012, ingressou na política e concorreu ao Senado pelo estado de Minnesota, mas não foi eleito. 

Em um livro, Hegseth afirmou que as Forças Armadas dos Estados Unidos possuem generais defensores da agenda "woke", com políticas muito progressistas. Para ele, isso tem prejudicado a Defesa do país, com militares fracos e "afeminados".

Ele também zombou de militares transgenêros e disse que, ao promover diversidade e inclusão, as Forças dos Estados Unidos estão afastando recrutas. Para Hegseth, é necessária uma "limpa" no Pentágono.

• Kristi Noem, secretária de Segurança Interna

Governadora da Dakota do Sul, Kristi Noem será responsável por supervisionar a agência federal dos Estados Unidos que protege as fronteiras e faz a segurança cibernética e de transportes. 

Noem enfrentou uma grande reação negativa em abril de 2024, quando escreveu em um livro que matou a tiros um cachorro "imprevisível" que ela "odiava" na fazenda de sua família.

• John Ratcliffe, chefe da CIA

Ex-diretor de inteligência chefiará uma agência vital para os americanos, sendo responsável por coletar informações de relevância para a segurança do país no mundo inteiro.

Ratcliffe foi congressista dos Estados Unidos pelo Texas. Como diretor de inteligência no primeiro mandato de Trump, ele foi acusado pelos democratas de ter politizado o cargo. 

Em 2020, segundo os opositores, Ratcliffe usava a posição no governo para atacar adversários, incluindo o então candidato à presidência Joe Biden.

• Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional

Ex-democrata, Tulsi comandará todas as agências que compõem a Comunidade de Inteligência dos EUA, que reúne a CIA, a NSA e o FBI, entre outros órgãos.

Gabbard nasceu na Samoa Americana, território norte-americano no Pacífico Sul, e foi criada no Havaí, estado pelo qual foi eleita deputada pelo Partido Democrata. Ela também seguiu carreira militar e chegou a servir no Iraque entre 2004 e 2005.

Nos últimos anos, adotou visões mais conservadoras em relação ao aborto e aos direitos de pessoas transgênero. Gabbard abandonou o Partido Democrata e se filiou ao Partido Republicano em 2024.

• Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional

Michael Waltz é conhecido por ser veterano de guerra e crítico à China. Ele é casado com Julia Nesheiwat, que ocupou o mesmo cargo durante o primeiro mandato de Trump.

Waltz será responsável por informar Trump sobre questões-chave de segurança nacional e coordenar com diferentes agências. Além de ser ex-oficial da Guarda Nacional do Exército, Waltz também atuou como congressista, sendo reeleito deputado nas eleições de 2024.

• Mehmet Oz, administrador dos programas de assistência à saúde

O médico Mehmet Oz, ou apenas "Dr. Oz", comandará os programas de assistência à saúde conhecidos como Medicare e Medicaid. 

Ele tem uma estrela na Calçada da Fama e é nacionalmente conhecido pelas participações em programas de TV.

Dr. Oz patenteou dispositivos e procedimentos para operações cardíacas e publicou livros que se tornaram best-sellers. Durante a pandemia de Covid-19, o médico se tornou um dos principais conselheiros de Donald Trump.

• Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde e Serviços Humanos

Filho do senador assassinado Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, o futuro secretário de Saúde é conhecido por ter se engajado na campanha antivacinação durante a pandemia. 

Robert já afirmou que alguns imunizantes causam autismo. Estudos apontam que isso não é verdade.

O político disse que vai combater condições como obesidade, diabetes e autismo, além de reduzir produtos químicos em alimentos. 

• Doug Burgum, secretário do Interior

Como secretário do Interior, Doug Burgum vai supervisionar a administração de três quartos das terras e águas públicas dos Estados Unidos. 

O órgão também é responsável por cuidar de parques nacionais, proteger espécies ameaçadas e coletar dados científicos sobre os efeitos das mudanças climáticas.

Burgum foi nomeado como o futuro "czar da energia". Ligado à indústria de petróleo, ele defende a exploração de combustíveis fósseis para que os Estados Unidos não dependam da produção de outros países.

• Scott Bessent, secretário do Tesouro

Scott terá grande influência sobre questões econômicas, regulatórias e internacionais. Ele tem defendido reformas fiscais e desregulamentação, particularmente para estimular mais empréstimos bancários e a produção de energia.

Embora Bessent tenha sido um defensor das políticas de liberais populares no Partido Republicano antes de Trump, ele também elogiou o uso de tarifas contra outros países como uma ferramenta de negociação.

• Brooke Rollins, secretária da Agricultura

Atual presidente do America First Policy Institute, instituto de inclinação conservadora que trabalhou com a equipe de Trump para moldar políticas do próximo governo.

Como secretária da Agricultura, Rollins estará à frente de uma agência com 100 mil funcionários, responsável por programas agrícolas, nutrição, silvicultura e comércio agrícola.

Funcionários do Departamento de Agricultura negociam acordos comerciais, orientam recomendações nutricionais, inspecionam carnes, combatem incêndios florestais e apoiam a toda a atividade rural.

• Sean Duffy, secretário de Transportes

Ex-deputado pelo estado de Wisconsin, Sean Duffy já trabalhou como comentarista esportivo na televisão. O secretário supervisionará as políticas nas áreas de aviação, automotiva, ferroviária, de trânsito, entre outras.

Uma das responsabilidades de Duffy será comandar a instalação de carregadores de veículos elétricos nos Estados Unidos. 

• Chris Wright, secretário de Energia

Executivo de combustíveis fósseis, Chris será o próximo secretário de Energia dos Estados Unidos. Ele é CEO da Liberty Energy e foi doador da campanha de Trump. 

Firme defensor dos combustíveis fósseis e afirma que eles são necessários para tirar o mundo da pobreza. O empreendedor também tem se posicionado contra os esforços para combater as mudanças climáticas. 

Como secretário de Energia de Trump, Wright será responsável, entre outras coisas, por supervisionar o arsenal nuclear do país. Além disso, ele vai atuar no novo Conselho Nacional de Energia.
 
• Linda McMahon, secretária da Educação

Conhecida nos Estados Unidos por ser ex-CEO da World Wrestling Entertainment (WWE), responsável por promover lutas livres no país. 

Ela atuou como chefe da Administração de Pequenas Empresas durante o primeiro mandato de Trump. Como secretária de Educação, ela vai liderar uma agência que o presidente prometeu eliminar. 

• Scott Turner, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano

Scott trabalhou como ex-legislador estadual do Texas e foi jogador da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL). Ele é indicado para assumir o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano.

Turner foi o primeiro diretor executivo do Conselho de Oportunidade e Revitalização da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump. 

• Kash Patel, diretor do FBI

O diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI), similiar à Polícia Federal brasileira, já trabalhou como defensor público e procurador federal, sendo uma figura importante durante a investigação sobre os contatos da campanha de Trump com a Rússia em 2016.

Nos últimos anos, Patel defendeu que a agência deixe de ter função de coleta de inteligência. O futuro diretor do FBI é uma figura muito leal e próxima ao presidente.

Os diretores do FBI são nomeados por lei para mandatos de 10 anos como um meio de isolar o órgão da política. O atual diretor da agência disse que vai renunciar ao cargo para dar lugar ao indicado por Trump.

• Karoline Leavitt, secretária de Imprensa

A principal função de Karoline Leavitt no governo Trump será a de ser porta-voz da Casa Branca. Aos 27 anos, ela será a pessoa mais jovem a ocupar o cargo.

Leavitt foi a porta-voz da campanha presidencial de Trump em 2024. Dois anos antes, ela concorreu à Câmara dos Deputados, mas perdeu. Também foi assistente de imprensa de Trump durante o primeiro mandato dele.

• Steve Witkoff, enviado para o Oriente Médio

Próximo de Trump e ex-sócio do presidente em um clube de golfe, Steve trabalhará como o enviado dos Estados Unidos para resolver questões no Oriente Médio, envolvendo conflitos regionais.

Mesmo antes de assumir o cargo, Witkoff teve participação nas negociações para o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que passou a valer no domingo (19).

Na campanha presidencial, Witkoff foi um importante doador e ajudou a criar uma ponte entre Trump e empresários do setor de criptomoedas.

• Keith Kellogg, enviado para Ucrânia e Rússia

O general já trabalhou como chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump.

Ele diz ter elaborado um plano para encerrar a guerra. Entre os pontos para terminar o conflito estão o congelamento das linhas de batalha e o adiamento da entrada da Ucrânia na Otan.

Kellogg defende que os Estados Unidos pare de fornecer armas à Ucrânia caso o país se recuse a participar de negociações pela paz. Especialistas afirmam que o plano pode não agradar o governo ucraniano. 

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